Uma das pioneiras em multimídia no Brasil, Jocy de Oliveira procura, desde a década de 1960, estender sua criação para todos os formatos artísticos, utilizando instrumentos acústicos, eletrônicos e instalações com música, teatro e vídeos.
Compositora, pianista e escritora, Jocy foi a primeira mulher a ter uma ópera encenada no Theatro Municipal de São Paulo, gênero que marcou o seu trabalho por unir música, texto, artes cênicas, cenografia e direção
Aos 84 anos, a compositora é o destaque da 10º edição do Festival “Novas Frequências”: “A grande homenageada desta edição do “Novas Frequências” é Jocy de Oliveira, uma das maiores artistas vivas do Brasil. Já éramos para ter chamado a Jocy em edições anteriores, mas acabou que ficou perfeito trazê-la justamente este ano e colocá-la na abertura, com todos os holofotes possíveis”, contou Chico Dub, Diretor e Curador do Festival.
Nesta edição, a artista ganha uma releitura imagética, assinada pela artista visual e radiofônica Lilian Zaremba, de “La Loba” (1995) e “Naked Divas” (1998), peças extraídas de duas óperas multimídias e regravadas especialmente para o “Novas Frequências” no estúdio do LabSonica, o laboratório de experimentação sonora e musical do Oi Futuro. “Zaremba cria um diálogo narrativo, uma outra interpretação das peças de Jocy, colocando essas obras em outros horizontes imagéticos e visuais”, conclui Chico.
Desde sua primeira edição, realizada em 2011, o Oi Futuro apoia o Festival “Novas Frequências”, que, ao longo desses dez anos, se consolidou como principal evento sul-americano de música experimental e arte sonora.