O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Edes Fernandes de Oliveira, anunciou que o motor da elevatória do Lameirão já foi testado na fábrica e chegará ao Rio na próxima sexta-feira (18/12). Segundo ele, o abastecimento à população será normalizado até o dia 23 de dezembro. O anúncio foi feito durante audiência pública virtual da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta terça-feira (15/12). “A atual gestão da Cedae está atuando de forma muito eficiente para resolver um problema deixado por gestões anteriores. Defendemos que a Cedae continue pública. Somos contrários à privatização e vamos continuar nessa defesa. A companhia tem que ser gerida pelos cedaeanos, que têm competência para isso”, defendeu o presidente do colegiado, deputado Gustavo Schmidt (PSL).
Edes ressaltou ainda que o sistema da elevatória do Lameirão opera desde 1965 e nunca apresentou problemas como o atual. O presidente destacou que já organizou turnos de trabalho de 24 horas a partir da chegada do motor, no dia 18 de dezembro, para que o sistema volte a operar com 100% da capacidade até o dia 23 de dezembro. “Se os prazos contratuais de reparo fossem respeitados, não estaríamos enfrentando essa situação. Estamos aprovando a compra de um motor grande e um pequeno, além de bombas para reserva e não instaladas. Queremos ter, além dos conjuntos instalados operando, os conjuntos reserva para aumentar a segurança operacional da elevatória. Também estamos fazendo estudos para modernizar o sistema e fazer a substituição gradual das bombas e painel de controle”, afirmou o presidente da Cedae.
O promotor do Ministério Público José Alexandre Maximino anunciou que o gabinete de crise revelou que o motor da bomba do Lameirão estará reparado até o próximo dia 18 de dezembro e que o prazo de 23 de dezembro, acordado com o MP, deve ser cumprido. “Sentimos muita confiança na atual gestão da Cedae, o que nos permitiu fazer um acordo. O termo de compromisso que firmamos também prevê o aumento da frota de carro-pipa para abastecimento da população em 70%, a fim de que as manobras de abastecimento sejam feitas de forma clara. Também foi acordado que a população não pague pelo serviço que não está sendo prestado”, esclareceu.
A vice-presidente da comissão, deputada Lucinha (PSDB), afirmou que o problema da falta d’água é reflexo de falta de gestão e de investimentos e manutenção na companhia. “Já tivemos que beber água com mau cheiro e agora a população está sem abastecimento. Parece uma ação orquestrada para a privatização da Cedae, e eu sou radicalmente contra. O que precisa ser feito é investir os lucros da Cedae na própria empresa. Hoje os recursos entram no caixa único do Estado e não são investidos na manutenção da própria empresa”, destacou a parlamentar