Operação da PF faz busca e apreensão na prefeitura de Niterói

Diário Carioca

Foi deflagrada na manhã de hoje (16) a Operação Transoceânica, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. A investigação apura indícios de irregularidades na contratação de obras do BRT Transoceânica Charitas-Engenho do Mato e em contratos de publicidade da Prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região em órgãos públicos, empresas e residências nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo. Entre os endereços estão a sede da prefeitura de Niterói e a residência do prefeito, Rodrigo Neves.

Em nota, a prefeitura de Niterói considerou a ação “absurda” e informou que Neves nunca foi convidado a prestar qualquer esclarecimento à Polícia Federal. A prefeitura destaca que a operação não apreendeu nenhum objeto de valor, apenas o celular pessoal do prefeito, que “não possui automóvel ou objeto de valor”.

Sobre o objeto de investigação, a prefeitura afirma que a prestação de contas da obra foi aprovada pelos órgãos de controle “há muitos anos”.

“Apesar de não ter informações sobre do que se trata a ação, o prefeito esclarece que a Transoceânica e o túnel Charitas Cafubá foram concluídos há tempos, cumprindo o planejamento da obra e melhoraram muito a qualidade de vida dos niteroienses. A prestação de contas detalhada foi concluída e aprovada por órgãos de acompanhamento e financiamento, como a Caixa Econômica Federal”.

A nota afirma, ainda, que a obra foi feita com “custo menor do que todos os projetos similares, no Brasil e na América do Sul” e que a ação de hoje é “abusiva, típica de regimes autoritários” e tem objetivos políticos.

“O objetivo da ação sobre fatos ocorridos há muitos anos, sem que o prefeito jamais tenha sido ouvido, tem o claro objetivo de desgastar a administração e o prefeito que tem aprovação de mais de 85% da população e cujo sucessor obteve vitória retumbante no primeiro turno com 62% a 9%. O prefeito repudia a utilização de aparato do Estado com a polícia para ações de perseguição política”.

A nota destaca que Neves vem sofrendo ataques e perseguições desde 2018, mas nada foi encontrado contra ele.  “O prefeito e sua defesa tomarão todas as medidas para identificar a origem desta perseguição política e responsabilizar os seus autores”.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca