Trabalhadores ambulantes do Rio de Janeiro farão nesta terça-feira (15), a partir das 10h30, uma manifestação pelo direito de poderem trabalhar nos espaços reservados a este tipo de comércio na cidade. O ato acontecerá em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, também conhecida como Igreja da Uruguaiana, no centro do Rio.
Segundo o Movimento Unido dos Camelôs (Muca), a Prefeitura do Rio vem tentando impedir a atuação dos trabalhadores no camelódromo da Uruguaiana, no centro da cidade, e desde quarta-feira (9) passada a tensão vem aumentou, resultando em confrontos com a Guarda Municipal.
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Na última quinta-feira (10), o Muca afirmou que houve uma forte ofensiva da Guarda Municipal, com bombas e balas de borracha contra os camelôs. “A guarda municipal invadiu o Camelódromo da Uruguaiana, atirou bombas e balas de borracha para impedir que as pessoas possam vender”, diz comunicado do movimento.
Em nota, a Guarda Municipal informou que no último dia 10 agentes atuavam no ordenamento urbano quando, por volta das 17h, ambulantes irregulares iniciaram uma discussão e atiraram pedras contra um carro da instituição, danificando os vidros. Houve perseguição, dois homens foram detidos e levados para a 4ª DP (Centro), onde o ocorrência foi registrada.
“A equipe precisou utilizar equipamentos de menor potencial ofensivo para dispersar o tumulto que se formou no local. Nenhum guarda municipal ficou ferido. A situação foi controlada”, afirmou a assessoria da Guarda Municipal.
Ato
A manifestação, que fará distribuição de máscaras e álcool em gel no local, tem o objetivo de denunciar a situação e sensibilizar a sociedade sobre a necessidade que os camelôs têm de trabalhar no contexto da pandemia e com o fim do auxílio emergencial.
O Muca também convidou órgãos de trabalho e direitos humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) para ajudar na negociação com a Prefeitura do Rio e a Guarda Municipal o retorno do trabalho o mais rápido possível.
Edição: Eduardo Miranda