Em sua trajetória entre continentes pelo oceano Atlântico, Zirk Botha encarou os riscos da navegação em mares selvagens, a privação de sono e o isolamento. “Embora tenha tido condições climáticas quase perfeitas para facilitar uma travessia recorde, foi tudo muito intenso, com apenas dois dias calmos em toda a travessia. A natureza implacável do clima é física e mentalmente desgastante. Não estava preparado para esse tipo de desafio”.
Além de finalizar a prova, o sul-africano conseguiu outra marca expressiva. Com o nome Row2Rio2020, a expedição de Zirk Botha quebrou a antiga marca mundial da travessia, que era 92 dias no ano de 2017 e pertencia à dupla Wayne Robertson e Braam Malherbe. “Estou à espera de verificação, mas creio que esta é a distância mais longa remada por um por apenas um sul-africano em qualquer percurso”.
Remo para um futuro sustentável
A façanha de Zirk começou a ser construída na montagem do barco. “Tive meus patrocinadores, mas foi preciso aprender sozinho a trabalhar com epóxi e construi-lo no meu jardim. Eu mesmo montei todo o equipamento e fiz toda a fiação elétrica. Eu queria usar também o #Row2Rio2020 para destacar o impacto dos combustíveis fósseis e do consumismo irresponsável no planeta, que será o lar de nossos filhos e das gerações futuras”.