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domingo, novembro 24, 2024

Modernização na colheita de cana-de-açúcar no Brasil ajuda a reduzir efeito estufa

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Nos últimos 30 anos o Brasil tem avançado na modernização do processo de colheita de cana-de-açúcar, com adoção de novas técnicas e tecnologias. E essa mudança foi a principal responsável pela redução de 72,8% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) de 2016, em relação à 2010. Antes dessa modernização, a colheita da cana-de-açúcar era realizada de forma manual e depois as áreas de cultivo eram queimadas.

Os dados fazem parte do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de GEE, um dos componentes da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), coordenou a elaboração do documento enviado à UNFCCC em dezembro de 2020.

De acordo com Luiz Carlos Dalben, que é diretor da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana), a colheita mecanizada que está sendo inserida no Brasil há alguns anos ajudou a eliminar muitos problemas que existiam na colheita manual de cana queimada e trouxe benefícios aos trabalhadores.

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“O trabalhador passou a operar máquinas ou colhedoras de cana. O benefício a nível de queima é que nós tivemos a não emissão de gases de efeito estufa com a eliminação da queima. O benefício a nível de custo, é que a colheita mecanizada é mais barata do que o custo da colheita manual”, explicou Dalben.

Além de ser engenheiro agrônomo, há mais de 40 anos o Luiz Carlos Dalben é produtor de cana em Lençóis Paulista, e com sua experiência na área ele cita que outro benefício importante trazido por essa mecanização foi “deixar entre 10 e 12 toneladas de palha pelas lavouras, o que contribui muito para a reciclagem de nutrientes, proteção e manutenção da umidade do solo”, afirmou o engenheiro.

Apesar dos benefícios da manutenção dessa palha da cana, é importante que os produtores tenham cuidado às misturas que se fazem, pois algumas podem gerar o efeito contrário. É o que explica a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Paula Packer.

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“A manutenção dessa palha, associada à adição de fertilizantes nitrogenados, pode aumentar as emissões de óxido nitroso, que é um dos gases que potencializa o efeito estufa. Porém, esses valores aumentados são substancialmente menores se comparados com as emissões anteriores, provenientes da queima do canavial”, destacou a pesquisadora.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) de 2019, o Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar no mundo, o que em 2018 representou aproximadamente 40% do volume mundial de colmos (tipo de caule) colhidos.

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Reportagem:

Com formação em jornalismo e pós-graduação em linguística, Janary Damacena se especializou em Narratologia e no Storytelling para reportar notícias. Com participação em redações de jornais impressos, revistas, rádios, televisão e assessorias de imprensa; alguns de seus trabalhos mais marcantes foram realizados em lugares como a Agência do Rádio Brasileiro, Rádio Nacional, Jornal de Brasília, Agência Rádio Web, Jornal Tribuna do Brasil, TV Educativa, Presidência da República, Ministério da Saúde, Revista Plano Brasília, Agência Gralha Comunicação e Vídeo e Organização das Nações Unidas (ONU).

Produção:

Lincoln Freitas é jornalista desde 2008. Atuou como produtor, editor e repórter, na área de Comunicação Social, na Record TV, SBT, TV Justiça e TV Senado. Trabalhou como assessor de imprensa e repórter setorista no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Tribunal Superior Eleitoral. É especialista em planejamento e produção de reportagens para TV, rádio, Impresso e mídias digitais.

Edição:

Jornalista formada há 15 anos e pós-graduada em ciências políticas, com experiência em redação, rádio, televisão e assessoria de imprensa. Antes de ingressar na redação do Brasil 61, passou por importantes órgãos, como Ministério da Saúde e Ministério da Justiça além de grandes emissoras como, TV Bandeirantes, Record e TV Globo. Possui experiência em gerenciamento de crise, jornalismo web, redação, edição e revisão de textos, produção de conteúdo de rádio, televisão e assessoria de comunicação.


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