Pacientes acometidos de todo tipo de doença cada vez mais procuram alívio na acupuntura

Diário Carioca

RAY CUNHA, BRASÍLIA – M, doutora em geofísica na Alemanha e professora universitária, sempre foi uma mulher ativa. Dona do seu nariz, gosta de frequentar academia e de viajar. Ano passado, M recebeu a maior surpresa da sua vida. Começou a se sentir mal e submeteu-se a uma bateria de exames. Resultado: câncer no estômago. M começou tratamento quimioterápico, e, desde então, passou a sentir-se irritada, sem conseguir dormir como antes, e deprimida. Até que lhe deram a dica: acupuntura.

Numa tarde de segunda-feira, atendi M na casa dela. A primeira sessão durou três horas. Ela não estava sentindo dor e pudemos bater um longo papo. Examinei sua língua e seus pulsos e conversamos sobre a vida social e sentimental de M, e descobri que ela vinha engolindo muito ressentimento. Seu ex-companheiro a trocara por uma mulher que tinha metade da sua idade.

Expliquei-lhe que o ressentimento vinha se acumulando no seu estômago e no intestino grosso, que, inclusive, o fato de ela ir ao vaso sanitário somente duas ou três vez na semana era por causa disso. Disse-lhe que seu ex-companheiro estava na dele, era dono da vida dele, que ela não poderia controlar ninguém, mas que podia amar a si mesmo, e, ao agradecer os bons momentos que passou ao lado dele e lhe pedir perdão, mentalmente, por ter sentido ódio dele, e afirmar que ele já a perdoara, ela se desvencilharia do passado e voltaria a voar, nos aviões e na luz.

Naquela primeira sessão, fiz-lhe primeiramente uma massagem relaxante, principalmente na cabeça e no peito, e depois, com as agulhas, fortaleci seu corpo astral por meio do meridiano do coração e seu corpo físico por meio do meridiano do baço, tirei o fogo de fígado e equilibrei seus estômago e intestinos.

O mais importante de tudo, naquela primeira sessão, é que ela entendeu. Hoje, passados nove meses, M voltou a ser o que sempre foi: uma mulher que curte a vida. E o tratamento quimioterápico foi eficaz.

Assim como M, dezenas de pessoas, acometidas das mais diversas doenças, algumas desenganadas pela medicina ocidental, procuram a Medicina Tradicional Chinesa, e recuperam a alegria de viver. 

De ampla cobertura e eficácia terapêutica, a Medicina Tradicional Chinesa é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi incluída na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, durante a V Sessão do Comitê Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 17 de novembro de 2010.

Os pilares da MTC começaram a ser erguidos há pelo menos 5 mil anos, na China. Os chineses descobriram que além dos sistemas cardiovascular e linfático há uma teia de meridianos corporais, ou de acupontos, um delgado sistema tubular, nos quais circula a energia vital. Até o século 19, supunha-se que esses meridianos eram imaginários, mas nos anos de 1960, o cientista coreano Kim Bong Han injetou isótopo de fósforo num acuponto e observou a absorção da substância pelo organismo, por meio de microrradiografia. Resultado: o isótopo percorreu o clássico traçado daquele meridiano.

Experiências semelhantes foram realizadas por outros cientistas, como os franceses Jean-Claude Darras e Pierre de Vernejoul, e os norte-americanos James Hurtak e Roberto Becker. O resultado foi o mesmo obtido por Kim Bong Han.

Na ciência espírita, já se sabe que os meridianos da acupuntura se situam no duplo etérico, um corpo mais sutil do que a matéria. A consciência de que nós, humanos, somos seres espirituais, livra-nos do medo da morte, porque a morte é apenas material. 

Quanto ao corpo físico, já afetado por emoções ruins, pode ser cuidado com acupuntura, eletroacunputura, tuiná – a massagem terapêutica chinesa –, fitoterapia e, sobretudo, alimentação saudável, que levam à cura e ao bem-estar físicos

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