Nesta terça-feira (27/4), o #Provoca recebe, de forma remota, Boris Casoy. O jornalista consolidou sua carreira na televisão brasileira passando por emissoras como SBT, Record e Rede TV!. Hoje, aos 80 anos, comanda seu próprio telejornal no YouTube, que leva o nome de Jornal do Boris. Na entrevista inédita com Marcelo Tas, dentre diversos assuntos, ele fala sobre “ser youtuber”, o Golpe de 64 e a paixão e relacionamentos amorosos em sua vida. No ar às 22h, na TV Cultura.
Sobre seu canal no YouTube, Boris comenta: “nas emissoras que eu trabalhei eu tive liberdade total, mas era uma licença. Licença é diferente de liberdade. Se o dono quisesse, ele me dava uma cacetada e me mandava embora, pé na bunda. (…) Agora eu sou o dono, eu falo o que eu quero, todas as minhas loucuras. Me divirto.”
Quanto ao Golpe de 64, Tas questiona Boris se ele se arrependeu de apoiar o movimento e o jornalista responde “não, eu não me arrependi. Começo daí, eu tinha 23 anos, então as minhas informações eram limitadas. Eu temia uma ditadura. Queriam criar um regime comunista no Brasil. Eu não tenho dúvida nenhuma… Não adianta dizer que era pela democracia.” Ele ainda conta que tinha medo do totalitarismo e que imaginava que “64 ia ser um movimento rápido e restaurar o processo democrático”.
“Eu nunca me apaixonei”, afirma Boris. “Deve ser um problema de cuca. Eu não sei o que é me apaixonar” e continua dizendo que na época de sua juventude, não seria possível investigar os motivos: “a gente ouvia falar em psicólogo e era vinculado à loucura”. Hoje, afirma: “agora não dá mais né, dá porque tudo funciona, agora eu não quero. (…) Bye bye, já foi”.