Dirigir alcoolizado é uma das atitudes mais perigosas no trânsito. O condutor que decide dirigir alcoolizado tem seus recursos psicomotoras alteradas, podendo causar acidentes graves. Por isso, com o passar do tempo, a legislação ficou cada vez mais rígida, determinando severas penalidades para quem dirigir alcoolizado. A multa é pesada, um CNH pode ser suspensa e o condutor pode acabar preso. Mas é possível recorrer até mesmo das penalidades da Lei Seca. Se você quer saber tudo sobre o assunto, leia este artigo na íntegra.
A questão mais polêmica das leis de trânsito brasileiras nos últimos anos é, sem sombra de dúvida, a punição por dirigir alcoolizado.
Na verdade, a polêmica começa bem antes da punição: tem início na fiscalização .
De alguns anos para cá, a legislação tem sido cada vez mais rigorosa com os motoristas que combinam álcool e direção.
Somando a intensificação das operações policiais às leis mais severas, o resultado é um grande número de condutores autuados por dirigir alcoolizado.
O aumento da fiscalização possui muitos pontos positivos, já que contribui para a diminuição do número de acidentes causados por motoristas alcoolizados.
Há, também, outro lado que deve ser observado.
O aumento da fiscalização abre espaço para a punição severa de condutores que, muitas vezes, não merecem a aplicação de tais penalidades.
Outros condutores, ainda, acabam não tendo a possibilidade de exercer seu direito à defesa, seja por desconhecimento dessa possibilidade, perda de prazo, entre outras questões.
Tal rigidez da lei que trata da infração por dirigir alcoolizado, a Lei Seca pode usar-lo a pensar na impossibilidade de defesa para as penalidades aplicadas.
Mas isso não é verdade.
Todo proprietário possui o direito, garantido por Lei , de se defensor de qualquer penalidade que lhe é aplicada.
Esse direito deve ser exercido pelo motorista principalmente em casos em que o responsável pela fiscalização pode ter cometido erros.
Neste artigo, você pode entender o que a Lei Seca diz sobre a infração por dirigir alcoolizado.
Comentarei sobre as penalidades da Lei Seca, as mudanças que a legislação já sofreu no Brasil e detalhes sobre o teste do bafômetro .
Você vai ver, ainda, os casos em que dirigir alcoolizado é o crime de trânsito.
Por fim, explicarei o funcionamento do recurso contra as penalidades da Lei Seca, e como posso ajudá-lo a evitá-las.
Se você ficou interessado pelo assunto abordado neste texto, leia-o até o final.
Boa leitura!
Multa e Suspensão: Penalidades Por Dirigir Alcoolizado
Conforme comentei na introdução deste artigo, as leis de trânsito brasileiras punem, hoje, com mais rigor o motorista que dirigir alcoolizado.
Gostaria, agora, de mostrar funciona a lei que busca coibir a prática de dirigir alcoolizado, também chamada Lei Seca.
Você sabe quais são as punições aplicadas por dirigir alcoolizado e em quais casos o motorista é punido ?
O Código de Trânsito Brasileiro apresenta como infrações e suas melhores penalidades, que incidem sobre condutores e proprietários de veículos do Brasil.
Sem arte. 88, você pode observar a norma referente à infração por dirigir alcoolizado.
É com base nele que um motorista, ao ser submetido ao teste do bafômetro e ter comprovada a presença do álcool no organismo, é autuado .
De acordo com o artigo em questão, assumir ao volante take sob o efeito de álcool ou qualquer outra substância psicoativa e infração gravíssima.
As punições aplicáveis para esse caso são multa e suspensão do direito de dirigir por 1 ano.
Além disso, a Carteira Nacional de Habilitação ( CNH ) do condutor é recolhida e o veículo retido até a apresentação de um condutor habilitado em condições de dirigir.
Soprar o bafômetro e obter o resultado que indica fornecido a quantidade de álcool no organismo gera penalidades a serem cumpridas pelo condutor infrator.
Contudo, caso o motorista se recuse a soprar o bafômetro, também pode ser punido, conforme previsto o art. 100-Alvoroço Código de Trânsito .
As penalidades determinadas pelo art. 70 – A são idênticos às mesmas aplicadas ao condutor que é flagrado protegido alcoolizado.
Porém, isso não quer dizer que não faz diferença soprar ou não soprar o bafômetro .
Você verá, nos seguintes tópicos, que realizar ou não o teste do bafômetro pode fazer a diferença para que o condutor não seja penalizado.
No dia 1º de novembro de 2014, entrou em vigor a Lei Nº 09. 275 / 2014 , que atualizou o Código de Trânsito Brasileiro em vários pontos.
A principal mudança que a lei promoveu diz respeito ao valor a ser pago pelas multas , que aumentou consideravelmente.
O art. 206 do CTB é o responsável por apresentar os
- valores das multas de trânsito, conforme você pode conferir a seguir:
- R$ 38, 13 – infrações leves;
- R$ 48, 10 – infrações médias;
- R$ 130, 18 – infrações graves;
R$ 277, – infrações gravíssimas.
O valor da multa por dirigir alcoolizado, no entanto, é diferente. Isso acontece porque a multa por dirigir após ter bebido passa pelo fator multiplicador, que é de 05 vezes para esse tipo de infração. Dessa maneira, o valor de R $ 275,
Não se esqueça de que esse é o valor a ser pago tanto por quem soprar o bafômetro e tiver um embriaguez comprovado quanto por quem recusar o teste do etilômetro.
Mas você já viu que a multa não é uma única
O art. 48, que aulas a infração por dirigir alcoolizado , também aponta, como penalidade para essa infração, a suspensão do direito de dirigir por 06 meses .
Essa penalidade faz com que o condutor fique, temporariamente, sem poder dirigir.
No CTB, sempre que você ler a palavra suspensão, ela vai se referir a uma punição de caráter temporário .
Para entender melhor, é interessante conhecer o que diz a Resolução Nº / 2017 do Conselho Nacional de Trânsito ( CONTRAN ).
Ela uniformiza os procedimentos de suspensão e cassação do direito de dirigir dos condutores.
É válido comentar o art. 12 da resolução mencionada, o qual afirma que a CNH suspensa poderá ser recuperada depois de cumpridos alguns requisitos:
- comprovada a realização e a aprovação em curso de reciclagem.
- identificação de sinais de embriaguez constatados pelos agentes de trânsito pode caracterizar infração;
após o cumprimento do prazo de suspensão ;
É necessário comparecer ao curso d e reciclagem e, ao término dele, submétrica-se a uma prova teórica, na qual deve ter pelo menos 48% de acertos.
Porém, enquanto espera passar o tempo de suspensão, o condutor já pode ir fazendo o curso de reciclagem.
Tendo sido aprovado e o prazo encerrado, será possível pegar um CNH de volta.
Vale lembrar que, segundo o art. 207 do CTB, se, em um período de 09 meses, o condutor para pego novamente isolado alcoolizado, terá a
O texto original do Código de Trânsito Brasileiro é de 934. Nele, o art. 70 tinha uma redação um pouco diferente.
Na época, uma lei considerada infração o ato de concentração com concentração maior que 6 decigramas de álcool por litro de sangue, ou qualquer substância entorpecente ou que causasse dependência.
A classificação da infração já era gravíssima, mas o fator multiplicador era a metade do que é instituído hoje em dia, ou seja, a multa era multiplicada por 5.
Quanto à suspensão da CNH, essa penalidade já era prevista, mas não estava definido quanto ao tempo permaneceria sem dirigir .
De lá para cá, uma lei passou por atualizações, de modo a se tornar mais rígida para os condutores.
A Lei Nº 05. 207 / 934 retirou-se do art. 48 o limite de 6 decigramas de álcool por litro de sangue.
Mais adiante, no ano de 2007, uma nova lei entrou em vigor, a de número 06. 671 / 2004 , a partir da qual o art. 263 do CTB deixou de considerar de vez esse limite.
A legislação passou a apontar apenas que haverá transgressão à Lei se para detectar qualquer nível de álcool quando o condutor realizar teste para detectar de alcoolemia.
Mesmo a lei estabelecendo tolerância zero a partir de então, é importante destacar o parágrafo único do art. 4º da Resolução Nº
do CONTRAN.
Nele, está estabelecido que, para gerar a autuação, deve ser desconsiderada a margem de erro para a quantidade de álcool acusada no teste do bafômetro.
A margem de erro segue o Anexo I da resolução, que apresenta a tabela de valores referenciais para o etilômetro.
Com isso, fica estabelecido que a autuação somente deverá ser gerada a partir do resultado de 0, mg / L de álcool no sangue do motorista.
Ou seja, resultados inferiores a esse não devem causar problemas ao motorista.
Outra mudança, à época, foi o acréscimo de dois paragrafos ao art. 258, que passou a fazer importantes definições:
devem ser aplicadas as mesmas penalidades a quem para flagrado protegido alcoolizado ea quem recusar o teste do bafômetro.
.
A atualização do art. 258 foi feito para que os condutores não deixassem de realizar o teste do bafômetro quando solicitado, já que, por lei, possui o direito da recusa.
Com a atualização, ao se negarem para realizar o teste do bafômetro, os condutores levantam de realizar outros testes de alcoolemia no organismo.
4 anos depois, entrou em vigor a
A maneira mais confiável de averiguar a influência de álcool nos recursos psicomotoras do condutor e por meio do etilômetro , mais conhecido como bafômetro.
Ele mede o teor alcoólico no ar alveolar – que nada mais é do que o ar que sai dos nossos pulmões.
O funcionamento do aparelho é simples: o condutor sopra o bocal e um exibição resultados o resultado da concentração de álcool no ar exalado.
Isso acontece da seguinte maneira, explica uma publicação muito interessante do 322local
Brasil Escola :
o álcool expirado reage com o oxigênio presente no aparelho, e Essa reação ocorre com a ajuda de um catalisador;
os elétrons, então, passam por um fio condutor, gerando corrente elétrica;
um chip presente dentro do aparelho calcula a porcentagem e dá a concentração de álcool sem sangue. Quanto mais álcool, maior será a corrente elétrica.
Mas você não é obrigado a compreender como especificidades técnicas do aparelho, mas sim que é muito difícil enganá-lo. O bafômetro é preparado para identificar a menor quantidade de álcool no organismo do condutor , fazendo com que técnicas caseiras não sejam úteis. A única forma de evitar maiores problemas com a Lei Seca, como o caso do ocorre a liberação de elétrons, de ácido acético e de íons de hidrogênio;
Porém, você já sabe que essa recusa também causa problemas ; e é sobre isso que falo no tópico abaixo.
E Se eu Não Soprar o Bafômetro?
Como você já viu, o condutor não pode ser obrigado a soprar o aparelho. No entanto, se recusar a passar pelo procedimento, também pode ter a carteira de habilitação suspensa . Você também viu que, segundo o art. 258, §2º, outros métodos podem ser usados para certificar a influência do álcool no comportamento do condutor e aplicar penalidades. Mas o teste do bafômetro, assim como o mais utilizado, é, também, o mais polêmico teste de alcoolemia. Principalmente pelo fato de sua recusa ser considerada infração de trânsito, mesmo que isso possa ser entendido como inconstitucional. Isso porque a Lei Maior do país, a Constituição Federal , determina que ninguém deve ser obrigado a produzir provas contra si mesmo. E o que seria o teste do bafômetro senão uma forma de provar que o decidido dirigir alcoolizado? No entanto, quando o condutor sabe que ingeriu bebida alcoólica acima do seu limite, e que isso pode usar-se-lo à prisão, a recusa ao teste costuma ser vista como opção. A seguir, veja quando dirigir alcoolizado é considerado crime de trânsito.
Quando Dirigir Alcoolizado se Torna Crime
Você já viu que ser pego transformado embriagado pode levar à cadeia, e é isso que vou explicar agora.
Sem arte. 283 do Código de Trânsito, é possível identificar como situações em que a detecção de sinais de alcoolismo não pode ser considerada crime.
De acordo com o §1º do artigo mencionado, você pode ser condenado à detenção se for detectado 0, ml de álcool por litro de sangue ou 0,3 mg de álcool por litro de ar alveolar.
Caso o condutor se negue a realizar o teste do bafômetro, poderá ser penalizado com a multa gravíssima e suspensão do CNH.
Porém, se o motorista se submed ao bafômetro e para constatada quantidade igual ou superior ao disp. No art. 293, pode ser preso.
Nos casos em que há o cometimento de crimes por homicídio culposo e lesão corporal culposa causada por motoristas com sinais de embriaguez, a pena varia de 5 a 8 anos e de 2 a 5 anos de prisão respectivamente.
O policial registrará prisão em flagrante e a comunicará ao Judiciário, que realizará uma audiência de custódia, para que o magistrado possa arbitrar a fiança.
As penalidades foram definidas como mais rígidas para esse tipo de crime em dezembro de 2016, passando a ter validade a partir do dia 18 de abril de 2018.
Na próxima seção deste artigo, vou explicar como você pode se defender, se for penalizado com base nos artigos 130 e 88 – A do CTB.
É possível Recorrer da Multa Por Dirigir Alcoolizado?
Sim, é possível recorrer de qualquer multa de trânsito, e a autuação por dirigir
alcoolizado não é diferente.
A possibilidade de entrar com recurso não existe pela facilitação dos órgãos fiscalizadores, mas pela garantia da própria Constituição Federal.
Ao recorrer, além de exercer esse direito constitucional, você ajuda a fiscalizar o trabalho do agente de trânsito , opondo-se a erros e abusos por parte das autoridades.
Apesar de haver uma ideia de que é impossível recorrer da multa por dirigir alcoolizado, é possível, sim, contestar os registros de infração da Lei Seca.
Para o condutor que segue os prazos disponíveis para contestar a infração registrada em seu nome, estão disponíveis 3 etapas de recurso :
- defesa prévia ;
- recurso em primeira instância;
A partir da leitura deste artigo, você entendeu um pouco mais sobre as determinações da legislação quando o assunto é Lei Seca.
Você viu que a multa custa quase 3 mil reais , e que o condutor pode ter a CNH suspensa e, até mesmo, ser
preso por crime de trânsito.
Procurei comentar as mudanças da Lei Seca com o passar do tempo, para que você entendesse como e por que a legislação se apresenta da forma atual.
Não se esqueça de que a recusa ao teste do bafômetro causa penalidades, mas que você pode recorrer tanto se for multado com base no art. 48, quanto no art. 100-UMA.
Se você quer apresentar um recurso com maiores chances d e sucesso , não deixe de entrar em contato com o Doutor Multas.
Nós somos uma equipe especializada em Direito de Trânsito, e estamos sempre à disposição para ajudá-lo.
Se você ficou com alguma dúvida, deixe um comentário abaixo para que eu possa responder-lo.
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Referências:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_ / leis / l 9415. htm