A corrente de comércio – exportações mais importações – registrou em maio o maior valor na série histórica exposta em 1997. O volume chegou a US $ 53, 6 bilhões em maio, crescimento de 58, 2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O desempenho se repetiu na balança comercial que teve saldo positivo de US $ 9,3 bilhões, o maior na série histórica e US $ 2,5 bilhões acima do valor de maio de 2020.
Os dados são do Boletim de Comércio Exterior (Icomex ) referente ao mês de maio, divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV / Ibre).
De acordo com o indicador, a China foi a contribuição principal para o saldo positivo da balança comercial, com superávit de US $ 12, 1 bilhões, o que representa 78, 4% do saldo global. Além da China, saldos positivos foram registrados nos demais países da Ásia e na América do Sul.
Acumulado O superávit comercial no acumulado do ano até maio alcançou US $ 26, 1 bilhão, o maior na série histórica. Na corrente de comércio foi o segundo valor mais elevado, chegando a US $ 139, 2 bilhões, inferior em US $ 1,1 bilhão ao registrado em 2013. Em comparação com o acumulado de maio de 2020, o superávit comercial aumentou em US $ 10, 1 bilhões e a corrente de comércio em 21, 2%, com resultado de US $ 40, 6 bilhões.
O instituto destacou que os índices de comércio exterior mostram variação positiva nos três grandes setores da indústria, tanto na comparação mensal interanual como na do acumulado. “Chama atenção a variação mensal acima de 10% em todos os setores, tanto nas exportações como nas importações. O aumento das importações, mesmo em um cenário de câmbio elevado, será ressaltado ”, disse oo Ibre.
Ainda na comparação interanual do mês de maio, a principal contribuição para o aumento no valor exportado de 48, 8% foi de preços, que cresceram 38, 1%. Nas importações, o valor aumentou em 58, 3% e o volume influenciou o resultado com aumento de 40, 1%.
Já na relação entre os acumulados dos anos até maio, como exportações avançaram 30, 6% e as importações 20, 9%.
Exportações Assim como ocorreu em abril, o volume das não commodities , que teve variação de 31, 8%, puxou o desempenho exportador de maio, enquanto o das commodities, mesmo positivo, ficou em 19, 9%. Nos preços, as commodities se destacaram com alta de 38, 5%.
No acumulado do ano, a indústria de transformação ficou na frente, com crescimento de , 3% sem volume exportado. Os dez principais produtos exportados foram açúcar e melaço, farelos de soja, carne bovina, combates, celulose, carne de aves, semiacabados de ferro ou aço, ouro não monetário, ferro gusa e veículos de passageiros.
“Observa-se que, exceto os automóveis, todos os outros podem ser classificados como commodities . Se avaliarmos os 19 principais produtos exportados, estão presentes instalações para equipamentos de engenharia, aeronaves, partes e peças para automóveis e outros veículos de transporte de mercadorias. Nesse caso, os produtos do setor de material de transporte lideram as exportações de maior valor adicionado. ”
O destaque na análise mensal ficou com o aumento no volume da indústria extrativa, liderado pelo minério de ferro, com crescimento de 24, 2% em volume e 106% nos preços. O petróleo foi o segundo principal produto.
Embora tenha registrado queda de volume, houve aumento de preço de 190%, o que resultou numa variação em valor de 53%, na comparação interanual do mês de maio.
A produção de soja explicou 97 % das exportações da agropecuária em maio e 70% no acumulado de janeiro a maio. Depois da soja, o café e o algodão foram os principais produtos.
Importações O volume importado da indústria de transformação ficou em 44, 2% na comparação mensal. Os princípios, foram os primeiros da lista dos cinco principais produtos importados. Teve aumento no valor de 228%, com a elevação de volume de 67% e de preços de 89%.
Na agropecuária, o trigo registrou aumento em valor de 53 %, com volume em 27% e nos preços em 21% e respondeu por 37% das importações do setor em maio. O óleo bruto de petróleo esclarecido 48% do total das compras da indústria extrativa, com aumento em valor de 534%, volume 341% e preços 40%.
Parceiros Nos volumes exportados e importados do Brasil com os principais parceiros, o destaque ficou para o aumento nos volumes exportados para os países da América do Sul, inclusive um Argentina e as vendas do setor automotivo explicam o resultado. Na Argentina, o aumento do volume foi de 44, 1% e os preços 6,5%. Para os outros países da América do Sul, o volume aumentou 31, 8% e os preços, 5,8%. A participação da China nas exportações brasileiras passou de , 5% para 34% entre janeiro e maio de 2020 e 2021.