O anúncio feito pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), de um “carnaval fora de época” em setembro na Ilha de Paquetá para testar a eficácia da imunização no bairro vem gerando repercussão negativa entre os moradores. A ideia é realizar uma festa sem o uso de máscara e sem distanciamento social.
Em entrevista ao portal Metrópoles , o diretor-geral da Associação de Moradores da Ilha de Paquetá (Morena), Guto Pires, disse que o prefeito do Rio está “colocando o carro na frente dos bois”. Para o representante, o evento-teste só deveria ser discutido depois do passado um período após a vacinação de todos com a segunda dose.
“Falar em carnaval fora de época é duplamente fora de época, ainda mais na fase em que estamos da pesquisa. É uma bobagem isso. É preciso passar as etapas de coleta, de vacinação e da segunda dose. Depois do prazo de segunda dose, podemos discutir evento-teste. É preciso respeitar o tempo de maturação da pesquisa. Ele está colocando o carro na frente dos bois ”, disse Pires ao site.
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Segundo a prefeitura, Paquetá tem uma população de 4. 180 pessoas, das quais 3. 530 são maiores de 18 anos cadastrados no sistema de saúde da família. Entre elas, 52% tomou a primeira dose e 30%, a segunda dose até o fim de maio.
Teste
Como o Brasil de Fato noticiou na última terça-feira (14), o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que o evento só será possível se toda a população estiver vacinada.
“Tudo vai depender dos estudos e da cobertura vacinal. Queremos fazer o teste com 100% das pessoas imunizadas, em um evento controlado, que só irá ocorrer 14 dias após a segunda dose e quando não tiver circulação do vírus na Ilha ”, afirmou.
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O projeto faz parte de um estudo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para que toda a população de Paquetá seja imunizada, independente do calendário normal de vacinação no município. A prefeitura, no entanto, não esclareceu como fará o controle de acesso na ilha no dia do evento.
Edição: Eduardo Miranda