Na manhã desta quinta-feira (8), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), cumpriu dois mandados de busca e apreensão para uma investigação que apura crimes de estelionato, apropriação indébita, além de possível corrupção e lavagem de dinheiro contra um dos sócios do Hospital Clínico de Corrêas (HCC), no município de Petrópolis, na região serrana do Rio. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada da Capital.
De acordo com o MP, a investigação apura denúncia de que Alexandre Gonçalves Pessurno, então sócio do HCC teria desviado mais de R$ 3 milhões da unidade de saúde para o Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), administrado por seu filho.
Segundo o órgão, ele também teria feito remessas indevidas de alimentos e utilizado a estrutura do HCC para lavar roupas hospitalares do HNSA e da Casa de Saúde Santa Mônica (CSSM), além de ter utilizado recursos do HCC para pagamento de salários de funcionário desses dois hospitais, ambos localizados em Petrópolis.
Durante a investigação, equipes de polícia da 106ª DP constataram veículos saindo do HCC e desembarcando com volumes em sacos plásticos grandes e pretos, bem como com embalagens de “quentinhas”. Segundo o MPRJ, a atitude, devidamente gravada, seria a evidência de que o HCC estaria suprindo interesses pessoais de Alexandre sem a devida contraprestação.
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O Hospital Clínico de Corrêas é uma unidade particular conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS) fornecendo leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a Prefeitura de Petrópolis. Já o HNSA, que também é conveniado com o município, atende pacientes de covid-19, principalmente com leitos de UTI. A Casa Santa Mônica atende pacientes de covid-19 de baixa complexidade