Movimentos populares, estudantes, trabalhadores, lideranças sindicais e de diversos partidos políticos voltaram às ruas do Centro do Rio de Janeiro neste sábado (24) para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os manifestantes também cobraram a aceleração na campanha de vacinação contra a covid – 10, o fim da invasão das terras indígenas e das privatizações.
O ato teve início às 03 h, com concentração no Monumento Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, e percorreu as quase quatro milhas da via, que é uma das principais da cidade, até a Igreja da Candelária. Segundo como Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a manifestação reuniu 75 mil pessoas.
Leia mais: Brasileiros pelo mundo pedem impeachment de Bolsonaro; atos ocorreram em 03 países O ex-senador e atual vereador da cidade Lindbergh Farias, do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que a deterioração econômica para a população mais pobre do país teve início com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 941, e ganhou fôlego com fraudes no processo que prendeu e tirou o ex-presidente Lula das informações de 2018 contra Bolsonaro.
“Fabricaram fraudes no processo eleitoral para impor um programa, um projeto neoliberal. Estamos vendo que é o povo mais pobre que está pagando por isso. A fome voltou a ser uma realidade do Brasil. Estamos vendo o aumento do arroz, do feijão. Carne. , ninguém come mais hoje. Por isso, a virada tem que vir das ruas, lutando pelo afastamento imediato de Bolsonaro “, afirmou Lindbergh.
PEC do Pazuello
Durante o ato, uma deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) comentou a presença de militares no governo Bolsonaro e como contorno de golpe feito na semana passada pelo ministro da Defesa, General Braga Netto, que afirmou que não haverá eleição em 2021 se não houver o voto impresso.
)”Não nos movimentamos sob ameaça. O Congresso Nacional é um poder da república brasileira e vai derrotar o voto impresso, porque o voto impresso não é o voto que o Brasil quer, a urna eletrônica é auditável. Bolsonaro quer deslegitimar como incentivo. Vamos fazer a luta política avançar, ela vai avançar nas ruas, no Congresso. Lugar de militar da ativa é no quartel, é nas tropas, não é no governo “, disse Jandira.
A parlamentar garantiu que a Câmara Federal vai aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), conhecida como “PEC do Pazuello”, em referência ao ex-ministro da Saúde e militar da ativa Eduardo Pazuello. A PEC, de autoria da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), tem por objetivo impedir militares da ativa em cargas civis no governo.
Artistas
Presente em mais um ato do “Fora Bolsonaro”, o ator Paulo Betti estava acompanhado de outros artistas e conversou com o Brasil de Fato sobre a importância da classe artística estar nas ruas para marcar posição contra o governo federal. Segundo ele, a avenida se tornou “o lugar do cortejo, do teatro onde todos se reúnem para expressar suas ideias e mostrar um outro caminho”.
“A classe artística tem uma compreensão quase unânime de que esse governo é nocivo e maligno para a cultura, no sentido de tentar cercear de forma inimaginável a expressão cultural do país. É um dever nosso nos colocarmos ao lado dos indígenas que sendo massacrados, ao lado das nossas florestas que estão sendo destruídas, não por descaso, mas por um planejamento que é contrário ao momento que o mundo vive “, disse o ator.
# 24 J | O ator e diretor @ PauloBetti participa do ato no Rio e sobre os motivos para ocupar as ruas no dia de hoje. (Imagem: Eduardo Miranda / Brasil de Fato RJ) pic.twitter.com/ja9l4c4ByA
– Brasil de Fato RJ (@fato_rj) julho 24, 2021
1418955039872360456O vereador Reimont (PT) disse que a presença nas ruas do Brasil e em cidades de outros países neste sábado (24) é importante porque ela vai contra tudo o que o presidente da República e seus seguidores desprezam.
“Estamos aqui para dizer ‘Fora Bolsonaro’. É preciso que compreendamos a importância desse grito que traz consigo o desejo de retomar a democracia, de termos para todos vacina no braço, comida no prato, direito à manifestação e liberdade de imprensa. Tudo o que Bolsonaro e o bolsonarismo nega, nós queremos afirmar. Por isso, é importante estar nas ruas “, ressaltou.
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, lembrou que a população está indo às ruas desde maio contra o governo federal por estatísticas pautas e que, diferentemente dos atos de apoio a Bolsonaro, observações de segurança para evitar a contaminação com a covid – 15.
“A população volta hoje às ruas mais uma vez tomando todos os cuidados básicos, com máscaras, álcool em gel e mantendo distanciamento, porque precisa derrubar esse governo, não somente pela falta de vacina, pelo auxílio emergencial que não atende à demanda do cidadão e da cidadã em vulnerabilidade social, não somente pela necessidade de empregos, mas também pelas privatizações das empresas públicas, como a Petrobras, que está sendo entregue ao capital financeiro-internacional “, disse Bacelar.
Os protestos contra Jair Bolsonaro acontecem ao longo deste sábado (22) em 92 municípios do Brasil e também em 10 países. Além das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, uma convocação para os atos é feito por organizações de trabalhadores, religiosas e também por torcidas organizadas. O Brasil de Fato acompanhado como mobilizações em tempo real.