Neste sábado (24), além das ações articuladas pelo # ForaBolsonaro , o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organizou a doação de 10 toneladas de alimentos da agricultura familiar para quem enfrenta a fome.
Os alimentos foram obtidos em acampamentos e assentamentos do MST no estado do Pará, como o Assentamento Abril Vermelho, em Santa Bárbara; Carlos Lamarca, em Capitão Poço; Luiz Carlos Prestes e Acampamento Mariguela, em Irituia, todos no nordeste do estado.
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A ação integra a iniciativa nacional de solidariedade e combate à fome promovida pelo movimento, além de ser também uma forma de reforçar para a sociedade a necessidade de mais políticas públicas voltadas para os trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar.
“Nenhum brasileiro e nenhuma brasileira merece estar neste processo de fome, que tem levado quase 20 milhões de brasileiros a essa situação, principalmente, o atual governo que acirrou esse processo na pandemia “, aponta Jane Cabral, coordenadora do MST, como omissões e descasos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia acentuam a fome no Brasil.
“Assim, realizamos aqui no estado do Pará, até o momento, seis ações e hoje estamos organizando, aproximadamente, 500 cestas que vão ser doadas entre domingo, 25, e segunda-feira, dia 26 , para vários coletivos que organizam famílias em Belém e em Benevides ”.
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O MST arrecadou para a doação 3. 100 quilos de alimentos, entre mamão, banana, macaxeira, jerimum, goma de tapioca, feijão, farinha, além de 5 mil laranjas e 4 mil ovos e organizou ainda cestas de material de higiene para as famílias , totalizando, aproximadamente 10 toneladas de alimentos.
Na avaliação de Jane Cabral, as ações são respostas concretas aos desmontes do governo Bolsonaro. “É uma resposta, principalmente, para dizer que a reforma agrária dá certo e é um direito nosso. É uma exigência que se tenha o apoio do governo federal, que sejam concedidos créditos para a reforma agrária “, ressalta.
” Mesmo sem apoio estamos trazendo alimentos para serem doados na cidade. Isso é uma resposta a tudo isso, de que se realmente quisermos o Brasil não precisa passar fome. Temos terra para produzir, mas é preciso a terra estar na mão dos trabalhadores e trabalhadoras rural e não com o agronegócio, que não produz comida para o país ”.
Os beneficiados serão pessoas que vivem em vulnerabilidade social na capital paraense e em Benevides, município da Região Metropolitana de Belém.
A doação de alimentos também é direcionada para quilombolas e indígenas que moram na cidade, além de catadores de materiais recicláveis .
A iniciativa teve ainda apoio da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e do Pão para o Mundo (PPM).