Frente fria: Rio tem déficit de vagas em abrigos para população em situação de rua

Diário Carioca

A chegada de uma frente fria ao Rio de Janeiro, com chuva, ventos fortes e queda de temperatura nos últimos dias, voltou a evidenciar os riscos para a população em situação de rua na capital fluminense. Nos próximos dias, a mínima em alguns pontos da cidade pode ficar abaixo dos 10ºC.

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Na última quarta-feira (28), o vereador Reimont (PT) conversou com a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, e com o prefeito Eduardo Paes (PSD) para saber que ações a Prefeitura do Rio têm programadas para dar assistência à população em situação de rua durante os dias de frio.

“Uma das respostas que recebi é que os abrigos estão funcionando normalmente, mas sabemos que só isso não basta. O Rio de Janeiro tem muito mais pessoas vivendo nas calçadas do que vagas disponíveis nesses locais”, relatou o vereador.

Reimont sugeriu a abertura do Sambódromo, na região central da cidade, como um centro de acolhimento emergencial, levando em conta que boa parte da população sem moradia está no centro. “O frio mata, a cidade precisa se preparar e oferecer auxílio à população em situação de rua”, completou.

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Em resposta ao Brasil de Fato, a Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou que o Sambódromo abriga escolas e não tem estrutura para o trabalho da pasta. A Prefeitura informou que desde a última sexta-feira (23) criou 100 vagas emergenciais em abrigos da Taquara, Ilha do Governador e Paciência e colocou duas unidades da rede no Centro e em Laranjeiras abertas 24 horas por dia.

“Nessa madrugada (29) foram realizadas 275 abordagens pelas equipes que circularam por 13 bairros, e 33 pessoas aceitaram acolhimento; hoje (29) de manhã outras 30 pessoas também aceitaram. Hoje foi reaberta a Campanha do Agasalho, que no dia anterior distribuiu 1 tonelada de itens de inverno nos abrigos da Prefeitura”, anunciou a secretária Laura Carneiro.

Segundo a Prefeitura, há 7.200 pessoas em situação de rua atualmente, mas a assessoria do vereador Reimont acredita que esse número pode ser bem maior.

“O déficit de vagas é 5 mil e ele continua. Se pegarmos o número atual de vagas, 2.200, e os números sobre população em situação de rua, que acreditamos ser maior que 7.200, ainda faltam 5 mil vagas”, questionou o vereador.

Edição: Jaqueline Deister


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