Futuro incerto: Crivella segue sem passaporte e sem resposta sobre embaixada na África do Sul

Diário Carioca

O futuro do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) segue incerto. Na última semana, ele teve o pedido de reaver seu passaporte negado pela Justiça. Além disso, a África do Sul ainda não deu uma resposta sobre a consulta do Itamaraty para o bispo assumir a embaixada do Brasil no país.

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Segundo a colunista Berenice Seara, do jornal Extra, sem a opção de uma carreira diplomática, o ex-prefeito agora quer se candidatar novamente ao Senado. No entanto, há um impasse no seu partido que quer ver o bispo como puxador de votos no ano que vem para alcançar um bom número de cadeiras na Câmara dos Deputados.

O pedido para Crivella assumir a embaixada foi feito no início de junho pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após a aprovação do país, ele ainda precisaria passar por uma sabatina no Senado e sua nomeação forçaria a remoção da capital da África do Sul de Sérgio Danese, um dos mais reconhecidos e respeitados no Itamaraty.

Sem passaporte

A decisão que negou o retorno do passaporte à Crivella foi justificada pela 16ª Zona Eleitoral do Rio pelo entendimento de que a possibilidade de Crivella deixar o país afetaria a instrução processual, em que responde por corrupção e falsidade ideológica eleitoral, segundo informações do portal Conjur.

Crivella foi preso no dia 22 de dezembro do ano passado, quando ainda era prefeito do Rio. No mesmo dia, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Humberto Martins, concedeu liminar que substituiu a prisão preventiva pela domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Em fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes substituiu a prisão domiciliar do político por medidas cautelares alternativas. Segundo a decisão, o ex-prefeito não poderia deixar o país, devendo entregar o passaporte em até 48 horas. 

Também foi determinado que Crivella estava proibido de manter qualquer tipo de contato com outros investigados e teria de comparecer periodicamente em juízo no prazo e nas condições fixadas pelo juiz de origem, para informar e justificar suas atividades.

Edição: Mariana Pitasse


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