De ampla cobertura e eficácia terapêutica, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi incluída na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, durante a V Sessão do Comitê Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 17 de novembro de 2010. No Ocidente, é considerada medicina alternativa, ou complementar à medicina ocidental, ou alopática.
O médium e astrofísico brasileiro Laércio Fonseca observa que no início da civilização humana, quando os primeiros espíritos foram transportados para a Terra, hordas encarnadas na China detinham os conhecimentos da Medicina Chinesa. A base da MTC é o Taoismo, tradição filosófica e religiosa chinesa que busca o Tao, o caminho, o fluir da vida, e tem no Tao Te Ching, O Livro do Caminho e da Virtude, de Lao Tzi (velho mestre), escrito há pelo menos 250 a.C., seu fundamento, da mesma forma que o budismo chan e sua versão japonesa, o zen.
O Tao é a combinação do yang, a luz, o céu, e o yin, a escuridão, a terra. A vida se move entre esses dois extremos, que se complementam. O caminho do meio é o Tao. O taoista busca a serenidade, a não ação, a moderação dos desejos, a simplicidade, a espontaneidade, a compaixão. É um modo de viver em harmonia entre o céu e a terra, entre o mundo espiritual e a matéria.
A MTC é um conjunto de terapias praticadas na China ao longo da história do país. No Brasil, é mais conhecida como acupuntura, do latim acus, agulha, e punctura, colocação, que né apenas uma das terapias da MTC. Consiste na inserção de finas agulhas nos meridianos do paciente, deslocando a energia Qi e equilibrando-a. Para a Medicina Chinesa, a energia vital da vida, ou Qi, anima o corpo circulando nele por meio de canais conectados aos órgãos, chamados também de meridianos.
Além dos sistemas cardiovascular e linfático, há uma teia de meridianos corporais, ou de acupontos, um delgado sistema tubular, nos quais circula a energia vital. Para a ciência, os meridianos da acupuntura são imaginários. Com efeito, os meridianos da acupuntura localizam-se no corpo etéreo, que é um corpo sutil, ou seja, a luz passa através dele.
Mas por que os meridianos não são visíveis quanto o sistema vascular, ou o sistema linfático? Segundo Richard Gerber, autor de Medicina Vibracional, ou o espírito Joseph Gleber, em Medicina da Alma, os canais de acupuntura localizam-se no duplo etéreo, o corpo vibracional sutil, que, por meio do Qi, anima o corpo físico.
Porém, nos anos de 1960, o cientista coreano Kim Bong Han injetou isótopo de fósforo em um acuponto e observou a absorção da substância pelo organismo, por meio de microrradiografia. Resultado: o isótopo percorreu o clássico traçado daquele meridiano.
Experiências semelhantes foram realizadas por outros cientistas, como os franceses Jean-Claude Darras e Pierre de Vernejoul, e os norte-americanos James Hurtak e Roberto Becker. O resultado foi o mesmo obtido por Kim Bong Han.
Como assim, se os meridianos ficam no corpo etéreo? Porque a substância injetada caminhou sobre o éter, um estado da matéria que Albert Einstein chamou de campo.
Na China, Índia, Japão e Tibete, por exemplo, sabe-se que os canais energéticos, meridianos ou nadis, é por onde a energia vital flui, e que a saúde gira em torno do equilíbrio dessa energia vital. O corpo físico é um fenômeno bioelétrico, animado por energia, que o faz funcionar: respira, come, se move, pensa e sente – um escafandro para o espírito viver na atmosfera terrestre.
O corpo físico é, portanto, apenas uma roupa que o espírito utiliza na experiência material, nesta jornada cármica necessária a espíritos que precisam evoluir moralmente para ascender nos infinitos planos de Deus.