Nelita (Susana Vieira), Nina (Arlete Salles) e Rita (Rosi Campos) são amigas desde a juventude. Moradoras do bairro do Bexiga, em São Paulo, levam uma vida simples, mas nunca deixaram de sonhar com um cotidiano mais confortável. Para isso, jogam há mais de 30 anos na loteria. Até que um dia a sorte chega e elas acertam os números. Antes de contarem para suas famílias, elas acreditam que merecem uma viagem libertadora. Amigas de Sorte, comédia dirigida por Homero Olivetto, com roteiro de Lusa Silvestre e argumento de Fernanda Young e Alexandre Machado, estreia neste sábado (21) no Globoplay.
Decididas a gastar parte do prêmio em uma viagem, as três fingem para seus familiares que vão pescar no Pantanal. No entanto, elas vão mesmo é para Punta Del Leste, no Uruguai. “É uma história divertida, positiva que mostra que independentemente da idade, o importante é ir atrás da felicidade e de seus desejos”, convida Susana Vieira. Arlete Salles concorda com a amiga e parceira de set e complementa sobre o filme apresentar a história de três mulheres acima dos 70 anos: “A vida também se conta dentro da maturidade, a vida não para porque atingimos a maturidade. Continuamos com conflitos, com alegrias, com tristezas, paixões, sonhos, a vida não para”.
A viagem das amigas será cheia de aventuras, confusões e muita diversão. “A comédia sempre tem essa função divertida de você sair um pouco dessa loucura e dar risada. O filme mostra o lado amoroso delas, a amizade, o querer estar junto, são laços que se reforçam com o tempo”, adianta Rosi.
Gravado em São Paulo, Montevidéu e Punta Del Leste, o filme conta ainda com Otávio Augusto, Klebber Toledo, Julio Rocha, Bruno Fagundes e Luana Piovani no elenco. ‘Amigas de Sorte’ é uma produção de Tatiana Quintella, da Popcon, com coprodução da Globo Filmes.
Confira abaixo entrevistas com as protagonistas de “Amigas de Sorte”:
Susana Vieira
Como recebeu o convite para atuar no filme?
Recebi esse convite com imensa alegria. Esse filme é a cereja do bolo da minha carreira, pois fiz pouco cinema ao longo da minha trajetória.
O que acha de o filme trazer três protagonistas já na maturidade?
A história é divertida, positiva e mostra que independentemente da idade, o importante é ir atrás da felicidade e de seus desejos. Eu coloquei na Nelita, minha personagem, parte da minha alegria de viver e aproveitar cada minuto da vida. As personagens colocam em prática todo tipo de ‘loucura’ que lhes vem à cabeça.
Como você descreveria sua personagem? Você se identifica com ela de alguma forma?
Sim, porque a personagem tem a minha alegria. Ela é descontraída, positiva. Ela motiva as amigas que se sentem acomodadas. Ela quer usufruir da vida, independente da fase em que está. O tempo para ela não passou. Ela segue viva, ativa, feliz, namorando, beijando na boca, aproveitando a vida ao máximo. Por isso, me identifico tanto com ela.
Arlete Salles
Como você descreveria sua personagem?
Minha personagem é adorável, é uma mulher que enfrenta uma vida de muito trabalho, ficou comandando o restaurante lá no Bexiga porque o marido dela é mais acomodado, mais preguiçoso, aquele casamento já velho, sem graça, mas ela não perdeu a capacidade de sonhar e se aventurar. Quando tem a oportunidade sai daquele lugar e vai para outro, mas por um curto período, sem transgredir as leis matrimoniais. Ela sai fora, tira o avental, coloca um vestido bonito e vai viver um pouco, se divertir, sonhar, conhecer outros lugares. É uma mulher corajosa.
Como foi contracenar com Susana e Rosi?
Eu e Susana nos conhecemos há muitos anos, somos amigas, já fizemos vários trabalhos juntas, estive presente na vida pessoal dela e ela na minha. Então, o convívio em cinema com ela é intenso. Rosi é uma atriz segura, forte, uma boa comediante, só tive motivos de alegria quando soube com quem eu iria estar trabalhando e convivendo.
O filme é uma comédia, acha que pode trazer alívio para o público neste momento difícil que ainda estamos enfrentando?
É uma forma talvez melhor de se falar de coisas sérias, não precisa fazer o público chorar para falar de coisas sérias. A comédia é uma das faces do teatro, uma das estéticas considerada difícil e importante tanto quanto o drama, a tragédia.
Rosi Campos
O que acha de o filme trazer três protagonistas já na maturidade?
Eu acho super legal porque são pessoas que têm histórias incríveis de vida. Eu acho que o nosso país não dá muito valor para essas pessoas. No Japão, por exemplo, eles têm esse culto às pessoas mais velhas, existe um respeito muito grande com essas pessoas, então acho que o Brasil fica devendo um pouco nesse caso.
Você ainda conserva amizades de infância como acontece no filme?
Eu tenho um grupo com as meninas do ginásio. Essa turma se reúne até hoje, antes da pandemia nos encontrávamos sempre para jantar e conversar. Eu um pouco menos porque eu viajava muito, mas as meninas se encontram há 40 anos com muita amizade. Também tem um grupo bem forte do colegial, aqui de São Paulo. É importante ver esses grupos, são muito carinhosos e é legal lembrar tudo, altas histórias incríveis de juventude e passeios.
O que achou de o filme estrear no Globoplay?
Acho ótimo, muitas pessoas vão poder assistir nosso filme agora pelo Globoplay.