O Uruguai registra nesta quarta-feira (14) a terceira greve geral do governo de Luis Lacalle Pou, convocada pelo Plenário Intersindical de Trabalhadores (PIT-CNT), com o lema “Que os mais infelizes sejam os mais privilegiados”. Caravanas saíram de distintos pontos do país em direção a Montevidéu, para uma concentração no Palácio Legislativo, sede do Parlamento uruguaio.
Com a queda do poder aquisitivo, a central de trabalhadores reivindica ajustes nos salários, mais empregos e políticas para combater a fome. Ao mesmo tempo, defendem as empresas públicas e a educação, dois pontos-chave que foram debilitados durante o governo do direitista Luis Lacalle Pou com medidas decretadas através da chamada Lei de Urgente Consideração (LUC).
“Acreditamos que, ao contrário do que está acontecendo, o sentido ético e político das políticas públicas deveria ser estender a mão aos setores mais vulnerabilizados da sociedade”, afirmou o secretário-geral da PIT-CNT, Marcelo Abdala. “Será uma das manifestações mais importantes dos últimos 10 anos”, previu, em um coletiva de imprensa.
Em junho deste ano, o desemprego no Uruguai alcançou a marca de 9,4%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do país, enquanto o Índice Médio de Salários aumentou 5,83% em julho, em relação ao mesmo período do ano anterior.
A central de trabalhadores também reivindica a revogação de 135 dos 467 artigos da LUC.
Diversos sindicatos acompanham a convocatória da PIT-CNT e interrompem suas atividades nesta quarta-feira, entre eles o Sindicato Médico do Uruguai, a Federação Uruguaia da Saúde, a União Nacional de Obreiros e Trabalhadores do Transporte (Unott), a Federação Uruguaia do Magistério, a Associação de Docentes da Universidade da República, o Conselho Central da Associação de Bancários do Uruguai, a União de Classificadores de Resíduos Urbanos Sólidos (Ucrus) e a União Nacional de Assalariados, Trabalhadores Rurais e Afins, entre outras entidades.
* Com informações de Telám, AFP e La Diaria.
Edição: Thales Schmidt