A ex-surfista profissional e jornalista, Érica Prado, nasceu no Rio de Janeiro, mas ainda pequena foi para Itacaré (Bahia), onde começou a se arriscar em cima da prancha com incentivo do irmão. Aos 13 anos começou a participar de campeonatos e logo se destacou nos pódios. Entre 2003 e 2006, Érica foi bicampeã municipal em Itacaré e bicampeã ilheense. Em 2006, a surfista conquistou o título de campeã baiana e, em 2019, criou o Movimento Surfistas Negras, para ajudar a dar visibilidade a mulheres negras que surfam no Brasil.
“A série, além de apresentar surfistas de diferentes gerações e regiões do país, também vai ajudar a dar voz para essas atletas que durante muitos anos foram invisibilizadas. O programa vai ter um papel importante na formação de novas gerações de surfistas negras”, explica Érica, que também assina a produção da série.
Aos 40 anos, Nuala começou no esporte depois de perceber que seus irmãos eram mais felizes dentro d´água do que ela, que ficava de fora. Atualmente morando em Maracaípe, Pernambuco, Nuala concorda com Érica sobre a importância do programa. “Finalmente teremos uma série onde mulheres negras são protagonistas. É muito importante para nós, mas também para o público, que poderá ver que existem mulheres negras que surfam muito e que podem ser campeãs mundiais”, afirma. E complementa: “Vai ser lindo, vai ser tocante, emocionante, vai ser algo mágico para o surfe feminino”.
Suelen Naraisa venceu uma batalha logo que começou no surfe. Aos 10 anos foi diagnosticada com câncer e precisou ficar fora das águas enquanto se cuidava. Com o apoio da família teve sucesso no tratamento e voltou para o esporte. Aos 26 anos era detentora do título de bi-campeã brasileira e se destacava em segundo lugar entre as brasileiras no ranking mundial. Hoje, aos 37 anos, tem uma escola de surfe. “Após muitos anos como competidora, hoje o surfe também faz parte do trabalho, sou professora de surfe. O meu objetivo é colocar o maior número de pessoas em pé numa prancha para sentirem a sensação maravilhosa que é surfar”, explica.
Natural de Itacaré (Bahia), Tilamarri Santos é longboarder, rapper e empreendedora, mas também superou obstáculos para seguir em frente. Foi mãe jovem e enfrentou um marido que não a deixava surfar, por isso, precisou interromper a carreira algumas vezes até conseguir seguir adiante. “O surf significa tudo em minha vida. Eu queria ter tido mais oportunidade de seguir profissionalmente, mas por conta das dificuldades da vida, não consegui”, conta. Sobre a séria, Tila ressalta sua relevância: “Janaínas: Deusas do Mar vai significar muito, não só para mim, mas todas nós surfista negras e mulheres. Vai ser bom para quebrar essa ideia de que sufistas tem que ter padrão”, conclui.
Aos 21 anos, Yanca afirma que não enxerga sua vida sem o surfe. Atual campeã brasileira e um dos principais nomes da modalidade no país, a cearense está muito feliz em fazer parte da série. “O surfe significa tudo para mim, mudou minha vida e da minha família. Mas é muito importante a gente mostrar que as mulheres seguem firmes no esporte, mesmo com tantas dificuldades. A série está aí para mostrar a nossa história, vai ser emocionante”, finaliza.
“Janaínas: Deusas do Mar” – ESTREIA – INÉDITO – CANAL OFF
Estreia: Segunda-feira, dia 20 de setembro, às 21h30