Turistas vacinados que chegam ao Chile evitarão quarentena com PCR negativo

Diário Carioca

Santiago, 6 out (EFE).- As autoridades do Chile anunciaram nesta quarta-feira que a partir de 1º de novembro, todas as pessoas que entrarem no país, sejam nacionais, residentes estrangeiros ou turistas, poderão evitar a quarentena de cinco dias caso apresentem PCR negativo realizado na chegada.

Esta modificação do chamado “Plano de Fronteiras Protegidas” visa dar maior mobilidade aos turistas estrangeiros que entram no país, promovendo desta forma a reativação de um dos setores mais atingidos pela pandemia.

Segundo a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, as mudanças para os turistas e residentes que chegam ao país sugerem que devem fazer uma quarentena de cinco dias ou até receberem o resultado negativo de um teste de PCR aplicado no Chile.

Isso se soma às medidas de entrada já divulgadas pelo Ministério da Saúde em meados de setembro, que incluem a validação da dosagem completa, uma declaração, um teste PCR negativo de no máximo 72 horas antes do embarque e a obtenção de um seguro médico de US$ 30 mil.

Além disso, a autoridade destacou que os estrangeiros que chegam ao Chile por qualquer um dos três aeroportos internacionais autorizados devem estar disponíveis por um período de vigilância sanitária que inclui o conhecimento de sua localização e estado de saúde durante 10 dias.

“Esta é uma notícia muito boa para o turismo e temos que continuar a nos cuidar e seguir em frente. Vamos poder continuar reativando não só o turismo interno, mas também o turismo receptivo, com visitantes estrangeiros”, disse o subsecretário de Turismo, José Luis Uriarte.

A chegada do coronavírus deixou um rastro de perdas multimilionárias para o turismo chileno: aeroportos vazios por meses, hotéis à venda e fronteiras fechadas por mais de um ano fizeram com que o setor que contribuiu com 3,3% do PIB chileno em 2018 fechasse o ano passado sem nem chegar a um terço desses US$ 9 bilhões.

O golpe teve sua correlação na perda de milhares de empregos, uma situação que afetou principalmente as regiões extremas do país com grandes atrativos naturais.

Diante disso, o sindicato do turismo considerou as modificações apresentadas em setembro como “insuficientes”, alegando que a decisão foi tomada pela “morte de uma parte do setor”.

“A decisão do governo de abrir as fronteiras aos turistas estrangeiros com a obrigação de passar cinco dias em quarentena, apesar de terem o esquema de vacinação completo, é o mesmo que ter optado por mantê-las fechadas”, disse o presidente da Federação das Empresas de Turismo do Chile, Ricardo Margulis.

Até o momento, foram detectados 1,6 milhão de diagnósticos positivos e 45 mil mortes por covid-19, incluindo casos confirmados e suspeitos, segundo o Departamento de Estatística e Informação do Ministério da Saúde.

Após semanas registrando uma diminuição progressiva dos casos, o governo decidiu não renovar o estado de catástrofe decretado em março de 2020 e a partir do dia 1º deste mês, o Chile deixou o toque de recolher. EFE

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