Bogotá, 8 out (EFE).- Os governos de seis países da região amazônica, entre eles o Brasil, ampliaram nesta sexta-feira seu compromisso com o Pacto de Leticia, assinado em setembro de 2019 para coordenar a preservação dos recursos naturais da área mais biodiversa do mundo.
O anúncio foi feito pelo presidente da Colômbia, Iván Duque, durante o encerramento da Terceira Cúpula Presidencial para o Pacto Amazônia-Leticia. De acordo com o governante, “o compromisso foi mantido e ampliado, e mais recursos estão chegando”.
“O setor privado, que já entendeu qual é o escopo, está participando com mais entusiasmo, e vemos as grandes estruturas de filantropia ambiental do mundo determinadas a contribuir com recursos”, disse o presidente colombiano durante o evento, cuja parte presencial ocorreu na Reserva Natural Flor de Loto, em Leticia, na Colômbia.
Os presidentes de Equador, Guillermo Lasso; Guiana, Irfaan Ali; e Suriname, Chan Santokhi, além do vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, e o ministro do Meio Ambiente do Peru, Rubén Ramírez, participaram virtualmente da cúpula, que não contou com a presença de nenhum representante da Bolívia.
A assessora de Parcerias e Iniciativas Climáticas do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Cristine Dragisic, a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), María Alexandra Moreira, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio Claver-Carone, entre outros, também participaram.
IMPORTÂNCIA DO PACTO.
O Pacto de Leticia foi assinado para fortalecer a ação coordenada para combater o desmatamento e estabelecer mecanismos para enfrentar conjuntamente organizações criminosas transnacionais que destroem a floresta tropical.
Hoje, Duque disse que os signatários estão “procurando bionegócios para o desenvolvimento de baixo carbono, acesso a capital para projetos, mitigação e adaptação, mas acima de tudo para trabalhar lado a lado com comunidades indígenas e mulheres empreendedoras”.
Por sua vez, Mourão, declarou que existe um falso dilema “entre preservar e desenvolver a Amazônia” que só pode ser superado quando “a conservação ambiental, o crescimento econômico e o progresso social estão em consonância sob o quadro do desenvolvimento sustentável”.
“Um bioma com as proporções da Amazônia pode e deve oferecer oportunidades de prosperidade para seus habitantes. Esse progresso social só será consolidado, entretanto, quando for associado a políticas que respeitem e fortaleçam nossos compromissos ambientais e que mantenham uma vigilância firme e incansável sobre o desmatamento ilegal e outras atividades ilícitas”, disse.
Já Lasso disse considerar a cúpula de hoje uma nova oportunidade para reafirmar o compromisso do Equador com “a proteção de uma das principais comunidades ecológicas do planeta e para fortalecer a implementação dos mandatos acordados no pacto”.
“O Pacto de Leticia reconhece o valor estratégico da Amazônia para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade em todo o mundo”, ressaltou. EFE
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