Santa Cruz de La Palma (Espanha), 9 out (EFE).- O novo fluxo de lava do vulcão que ainda está em erupção na ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, na Espanha, está causando “uma grande destruição” e impedindo o deslocamento de cientistas na região, informou neste sábado o instituto vulcanológico local (Involcan).
Nas redes sociais, a entidade divulgou hoje imagens do avanço do novo fluxo de lava e informou que suas equipes estão encontrando dificuldades de trabalho devido ao poder destrutivo da lava.
A face norte do cone de erupção do vulcão desmoronou nas primeiras horas da manhã deste sábado, o que levou à emissão de fluxos de lava em várias direções.
O vulcão está em erupção desde 19 de setembro no município de El Paso, a principal parte afetada da ilha. Nove dias depois, o maior fluxo de lava chegou ao mar.
Além disso, o chamado delta lávico (evento que ocorre quando um grande fluxo de lava entra em um corpo d’água) corre o risco de desabar se continuar seu avanço para maiores profundidades no oceano, o que seria acompanhado pela liberação repentina de gases, com explosões e ondas.
Há alguns dias, a erupção do vulcão, localizado no parque Cumbre Vieja, está em uma fase estável, embora os cientistas prevejam que sua atividade continuará por um longo tempo.
A sismicidade na ilha continua aumentando em número e intensidade, sempre a mais de 10 quilômetros de profundidade, o que significa que a possibilidade de um novo centro eruptivo longe do cone principal é por enquanto muito pequena, na opinião dos especialistas.
Cumbre Vieja é um dos complexos vulcânicos mais ativos das Ilhas Canárias. Foi o local de duas das últimas três erupções registradas nas ilhas: as dos vulcões San Juan, em 1949, e Teneguía, em 1971. EFE