Trabalhadores italianos ameaçam bloquear portos contra passaporte sanitário

Diário Carioca

Roma, 13 out (EFE).- Alguns trabalhadores italianos realizaram nesta quarta-feira uma manifestação nos portos de várias cidades do país contra a obrigatoriedade do passaporte sanitário para todos os profissionais a partir da próxima sexta, e ameaçaram bloquear “todas as operações” do porto no dia da entrada em vigor da medida.

“Todas as operações serão bloqueadas no porto de Trieste” (nordeste da Itália), disse Stefano Puzzer, porta-voz do sindicato dos trabalhadores dessa unidade, apelando para a “possibilidade de decisão” de cada um.

Os estivadores italianos, que também protestaram em outras cidades como Ancona (leste), ameaçaram bloquear “quase todos os portos” do país contra o decreto assinado ontem pelo primeiro-ministro Mario Draghi, com diretrizes sobre a obrigação de todos os funcionários mostrarem sua passaporte sanitário a partir de sexta-feira.

“O bloqueio de sexta-feira está confirmado, mas eles não vão parar apenas o porto de Trieste e Gênova. Quase todos os portos vão parar”, anunciou Puzzer, enquanto protestos também estão previstos em cidades como Roma.

O certificado de covid-19 confirma que alguém recebeu pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus, já teve a doença ou fez um teste negativo nas horas antes de sua apresentação.

Para evitar o bloqueio, o Ministério do Interior italiano pediu às empresas portuárias que façam testes gratuitos aos seus trabalhadores, em vez dos 15 euros que um teste de antígeno custa geralmente nas farmácias.

No entanto, os sindicatos responderam que só vão parar se a medida, que ficará em vigor pelo menos até o final do ano, for revogada.

Draghi, por sua vez, rejeitou nos últimos dias qualquer modificação a esse respeito.

Cerca de 2,5 milhões de trabalhadores não foram vacinados na Itália e terão que fazer um teste de covid-19 para ter acesso ao seu posto de trabalho ou serão multados entre 600 e 1,5 mil euros. EFE

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