Assunção, 14 out (EFE).- O governo do Paraguai se comprometeu nesta quinta-feira com o reajuste salarial exigido pelos professores do ensino público, de 16%, mas dividido e concluído a partir de julho do ano que vem, e pediu para que voltassem às aulas “a partir de amanhã”.
No entanto, alguns líderes sindicais, em contato com a imprensa local, rejeitaram a proposta, e exigem que seja aplicada integralmente neste mês.
O ministro da Educação, Juan Manuel Brunetti, foi o encarregado de anunciar em entrevista coletiva o aumento de 11% a partir deste mês e 5% no segundo semestre de 2022.
“Com o qual chegaremos a 16% se os termos forem atendidos no orçamento do próximo ano”, disse o ministro.
“A partir de agora instamos os professores a voltarem às aulas amanhã. Não podemos adiar por mais um dia as oportunidades de jovens e crianças a uma educação de qualidade. Infelizmente, já tivemos um ano e meio sem aulas presenciais”, acrescentou, se referindo ao período da pandemia.
Embora a demanda dos sindicatos de professores seja esse aumento de 16%, alguns de seus representantes exigiram sua aplicação imediata e disseram não confiar que o percentual restante seja cumprido no próximo ano.
Centenas de professores participaram hoje novamente de um ato pelo centro de Assunção para defender essa exigência.
Alguns deles iniciaram esta semana uma greve de fome na entrada do Teatro Municipal de Assunção, no centro da capital.
Os professores exigem um aumento de 16% com base no acordo alcançado em 2016.
O salário básico do professor, estabelecido em turnos de quatro horas, é de cerca de 2.700.000 guaranis (cerca de R$ 2,13 mil). EFE