Tegucigalpa, 14 out (EFE) .- Honduras registra a morte por 56 menores e mais de 35.500 infecções em 19 meses de pandemia, por isso a Diretoria de Crianças, Adolescentes e Familiares (Dinaf) instou os pais na quinta-feira a vacinar crianças e adolescentes.
“Infelizmente, 56 menores perderam a batalha contra o vírus mortal, então o apelo à consciência dos adultos para tomar todas as medidas de biossegurança para evitar que as crianças continuem a ser vítimas é reiterado”, disse Dinaf em um comunicado.
As crianças que morreram por causa do vírus representam 0,55% do total de mortes em Honduras devido ao covídio, segundo Dinaf, que cita dados do Sistema Nacional de Gestão de Riscos (Sinager), da estatal.
O país da América Central registrou até agora um total de 10.065 mortes por COVID-19 desde que os dois primeiros casos foram detectados em 11 de março de 2020.
No entanto, o número de mortes em Honduras pode chegar ao dobro dos números oficiais, de acordo com a Associação de Funerárias.
Desde que a pandemia começou a se expandir, em março de 2020, Honduras acumulou 35.582 casos positivos de menores, dos quais 54% são meninos e 46% meninas, e 10.559 conseguiram superar a doença.
Do total de casos registrados em Honduras, 63,7% (22.656) correspondem a adolescentes de 12 a 18 anos, 22,7% (8.068) a crianças entre 6 e 11 anos, contra 13,6% (4.858) em crianças menores de 5 anos, acrescentou.
Nos primeiros 13 dias de outubro, Honduras contabiliza 733 casos de crianças e adolescentes positivos para o covid-19, e as mais de 35.000 infecções representam 9,6% do total de infecções detectadas no país (371.431).
Os departamentos de Francisco Morazán, no centro do país (onde está localizada a capital hondurenha), e Cortés, no norte, são os que mais registram infecções de menores, com 9.852 e 7.593 casos, respectivamente, acrescentou Dinaf, que instou os pais a vacinar crianças entre 12 e 17 anos.
O diretor da Dinaf, Lolis María Salas, instou os pais a vacinar seus filhos para evitar complicações e manter medidas de biossegurança.
O funcionário lamentou que ainda haja “resistência por parte de um grande grupo de pessoas” a ser vacinado e pediu reflexão à população para retomar as medidas preventivas.
Segundo dados oficiais, até agora, no país, foram vacinadas 300 mil crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, faixa etária na qual estão localizadas mais de 1,1 milhão de pessoas.