Cerca de 10 mil funcionários da John Deere declaram greve nos EUA

Diário Carioca

Washington, 14 out (EFE).- Cerca de 10 mil funcionários da fabricante americana de máquinas agrícolas e do setor de construção John Deere começaram uma greve nesta quinta-feira nos Estados Unidos, depois que o sindicato United Auto Workers (UAW) rejeitou o acordo coletivo proposto pela empresa.

EFE/TANNEN MAURY

A greve afeta 14 fábricas: sete no estado de Iowa e quatro no de Illinois, além de unidades em Kansas, Colorado e Geórgia.

O vice-presidente da UAW, Chuck Browning, disse em um comunicado que os funcionários da John Deere entraram em greve “para ganhar um salário decente, se aposentar com dignidade e estabelecer regras de trabalho justas”.

A John Deere havia oferecido nas negociações com a UAW aumentos salariais entre 5% e 6%, mas o sindicato considerou a proposta insuficiente. A empresa afirma que seus funcionários já contam com alguns dos melhores salários e benefícios do setor.

De acordo com a John Deere, o salário médio de um funcionário é de cerca de US$ 60 mil por ano. Por sua vez, a UAW disse que a empresa está tendo lucros recordes e que seus executivos, incluindo o CEO, John May, receberam significativos aumentos salariais.

May passou de um salário de US$ 5 milhões em 2019 para US$ 16 milhões em 2020.

Este ano, a empresa espera ter lucro recorde entre US$ 5,7 bilhões e US$ 5,9 bilhões. Especialistas sindicais apontam que, em tempos de escassez de mão de obra na economia americana, os trabalhadores têm mais força para exigir melhorias em seus acordos coletivos de trabalho. EFE

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