A balança comercial do estado do Rio registrou superávit de US$ 7,8 bilhões, com alta de 33% nas exportações de janeiro a agosto, ante igual período de 2020, puxada pelo avanço de 35% nos embarques de produtos básicos e 77% nos de semimanufaturados. Oito entre os dez principais ramos industriais cresceram no período, destaque para metalurgia e coques, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis.
Em relação às áreas econômicas, houve variação positiva nas exportações para América Latina, sendo 82% para o Mercosul e 70% para os países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). “O aumento expressivo de vendas para essas regiões demonstra uma recuperação progressiva e gradual. Diante de todos os problemas das cadeias globais, alta do dólar, falta de disponibilidade e preço alto do transporte marítimo, a oferta vai para as cadeias mais curtas”, analisa Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan.
Santiago, que é diretor de Relações Institucionais da Michelin América do Sul, conta que a fabricante de pneus no Brasil está voltando aos volumes tradicionais de exportação para América do Sul, principalmente para Argentina, Colômbia e Chile.
No comércio exclusive petróleo, houve alta de 27% nas exportações (US$ 5,2 bi), sendo que os embarques para Singapura subiram 157% no período, consequência das vendas de óleos combustíveis (US$ 400 milhões).
A corrente de comércio do estado do Rio somou US$ 34 bilhões, alta de 21% de janeiro a agosto de 2021, comparado ao mesmo período do ano anterior. Esse volume refere-se aos US$ 21 bilhões nas exportações mais US$ 13 bilhões nas importações. Apesar disso, no levantamento, o Rio passa a ser o terceiro player entre os estados com maior fluxo internacional no país, atrás de São Paulo e Minas Gerais.
“No cenário atual, Minas assumiu temporariamente o segundo lugar, devido ao incremento de 61% da corrente de comércio mineira, puxada, principalmente, pela exportação de minério de ferro. Assim como o Rio com o petróleo, os dois estados se beneficiam da forte demanda global por commodities”, analisa Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional.
As importações fluminenses cresceram 7% no período, puxadas por combustíveis e lubrificantes (+182%). Sobre os produtos manufaturados, partes de motores e turbinas para aviação são o principal produto da pauta, com participação de 11% no total fluminense. Houve ainda alta de 87% em veículos automotores, reboques e carrocerias, reflexo de mais 114% nos desembarques de veículos de carga.
Em relação ao comércio de petróleo, as exportações totalizaram US$ 15,9 bilhões, 35% a mais de janeiro até agosto ante igual período de 2020. A China (US$ 8,1 bi) permanece como principal destino dos óleos brutos de petróleo, representando 51% das vendas no período. Já as importações de petróleo aumentaram 51%.
Confira o boletim Rio Exporta Setembro: www.firjan.com.br/rioexporta