Santiago, 15 out (EFE).- Ao menos mil pessoas participaram nesta sexta-feira de um protesto no centro de Santiago, capital do Chile, a três dias do segundo aniversário do início das manifestações sociais que abalaram o país e acabaram abrindo um processo constituinte.
O protesto foi convocado através de redes sociais e se concentrou na Praça Itália, o epicentro daquela onda de manifestações que no seu auge, em 25 de outubro de 2019, reuniu mais de 1 milhão de pessoas.
A mobilização desta sexta-feira foi majoritariamente pacífica – os poucos distúrbios registrados foram algumas barricadas montadas e fogueiras acesas na rua. O tráfego de veículos pela região da praça teve que ser desviado pelas autoridades.
Os protestos de 18 de outubro de 2019 contra o modelo econômico neoliberal do Chile tiveram saldo de cerca de 30 mortos, além de milhares de pessoas feridas e presas por confrontos com policiais, saques e depredações, entre outros casos.
Alguns agentes das forças de segurança foram acusados de violações dos direitos humanos na repressão aos protestos.
A Assembleia Constituinte que trabalha na redação da nova carta magna do país foi estabelecida em julho deste ano e deve cumprir o trabalho até maio de 2022. EFE