Beirute, 20 out (EFE).- Pelo menos 13 pessoas foram mortas, incluindo várias crianças, e outras 24 ficaram feridas nesta quarta-feira por fogo de artilharia disparado por forças sírias, no maior ataque na província de Idlib desde o cessar-fogo acordado por Rússia e Turquia em 2020.
O ataque ocorreu no início da manhã na cidade de Ariha “enquanto menores iam para suas escolas e adultos para o trabalho”, disse em um comunicado o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG sediada no Reino Unido e com uma ampla rede de colaboradores no terreno.
A ONG não especificou a identidade das 13 vítimas, das quais pelo menos três são crianças, mas indicou que os 24 feridos são todos civis e que vários deles estão em estado “grave”, pelo que o número de mortes pode aumentar nas próximas horas.
De acordo com o Observatório, este é “o maior massacre” em Idlib desde março do ano passado, quando a Turquia, aliado da oposição, e Rússia, aliada de Damasco, concordou com o fim das hostilidades na área e estabeleceu uma faixa de segurança com patrulhas conjuntas.
Os Capacetes Brancos, um grupo de defesa civil que opera em áreas controladas pela oposição síria, estima em dez mortos, incluindo quatro menores de idade, e 20 feridos, como resultado da ação contra “bairros residenciais e o mercado popular” de Ariha.
“Crianças que iam para as escolas perderam a vida ou se machucaram e outra criança perdida nas ruas, no meio dos bombardeios, em busca de sua família e de sua casa nos bairros destruídos”, afirmaram os Capacetes Brancos em sua conta no Twitter.
A equipe de resgate, encarregada de cuidar das vítimas do ataque, também divulgou imagens na rede social mostrando uma destruição generalizada e uma grande nuvem de fumaça subindo sobre os prédios da cidade.
No final do mês passado, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discutiram sobre a Síria em sua primeira reunião desde o início da pandemia da covid-19, gerando rumores sobre a possibilidade de que Exército Sírio poderá lançar em breve um grande ataque contra Idlib.
Idlib é dominado principalmente pela Organização de Libertação do Levante, que inclui a antiga filial síria da rede terrorista Al Qaeda. EFE