Soria (Espanha), 21 out (EFE).- As erupções do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, na Espanha, serão mais duradouras do que o esperado, com possibilidade de chegarem a nove meses, segundo afirmou nesta quinta-feira Eduardo Martínez de Pisón, diretor do Instituto de Paisagem da Fundação Duques de Soria.
O geógrafo, escritor e professor emérito de Geografia na Universidade Autônoma de Madri falou hoje, em seminário, sobre a situação do Cumbre Vieja, que entrou em erupção no dia 19 de setembro.
“No momento, o vulcão está estável. Está maduro, funcionando, e tem tempo. Mas, não se pode criar expectativas. Ainda será mais duradouro do que desejaríamos”, afirmou Martínez de Pisón.
O professor garantiu que os vulcões das Ilhas Canárias, no geral, estão “adormecidos”, mas admitiu que existem possibilidades de novas erupções em ilhas periféricas, como Lanzarote, El Hierro, La Palma e El Teide.
“A parte sul de La Palma tem potencialidade eruptiva. Não é é de se surpreender que, no futuro, haja novas erupções. O homem tem uma capacidade técnica limitada, diante da força descomunal de um vulcão”, explicou. EFE