Buenos Aires, 24 out (EFE).- Uma réplica do submarino ARA San Juan e uma “cápsula do tempo” com mensagens para seus 44 tripulantes fazem parte de um memorial inaugurado neste domingo na cidade de Mar del Plata, na Argentina, para homenagear as vítimas do naufrágio da embarcação, ocorrido há quase quatro anos.
Localizado em frente à Base Naval de Mar del Plata, à qual o submarino estava vinculado, este espaço de lembrança foi promovido por Guillermo Tibaldi, ex-comandante do ARA San Juan entre 2004 e 2005.
O memorial contém uma escultura de seis metros de comprimento e uma tonelada representando o submarino, além de uma placa de mármore com os nomes dos 44 marinheiros que morreram no naufrágio e o lema “Em patrulha eterna”.
O espaço também inclui uma “cápsula do tempo”, um espaço hermético com mensagens de afeto gravadas pela família e amigos dos membros da tripulação, que permanecerá lacrada até 25 de outubro de 2067, o 50º aniversário da última vez que o submarino zarpou da base de Mar del Plata.
Sobre o mastro de três metros de altura colocado no local foi colocado um periscópio que aponta simbolicamente para a área onde o casco da embarcação foi encontrado a mais de 900 metros de profundidade.
O ARA San Juan, construído na Alemanha e integrado à Marinha argentina em 1985, deixou o porto de Ushuaia em 13 de novembro de 2017, onde sua tripulação tinha participado de manobras militares, para retornar à base em Mar del Plata.
Em sua última comunicação, na madrugada de 15 de novembro e a partir de uma área a 430 quilômetros do ponto mais próximo da costa, o comandante relatou que um incêndio havia começado em um compartimento de baterias devido à entrada de água a bordo, um problema que a Marinha posteriormente alegou ter sido resolvido e dito que o submarino pôde continuar a viagem.
Após um ano de buscas e diversos protestos de parentes por falta de progresso nas investigações, a empresa americana Ocean Infinity anunciou ter encontrado o submarino na madrugada de 16 para 17 de novembro de 2018 – apenas um dia após o primeiro aniversário do desaparecimento – no fundo do mar, a 500 quilômetros da costa. EFE