Santiago do Chile, 25 out (EFE).- O presidente do Chile, Sebastián Piñera, admitiu nesta segunda-feira que o país atravessa um novo pico de casos de covid-19, após a identificação de um aumento constante no último mês e meio, e adiantou a adoção de medidas restritivas para as pessoas que não se vacinaram.
“Nas últimas semanas, tivemos uma alta no número de contágios e de hospitalizações, por isso, para poder seguir avançando, queremos pedir a todos os compatriotas que redobrem nossos cuidados pessoais”, disse o chefe de governo.
De acordo com o presidente, a cada dia “vamos ser mais duros e exigentes para que todos se vacinem, porque esse é o segundo grande instrumento que temos”.
O Chile registra, de acordo com números divulgados hoje, o maior número de casos ativos desde julho deste ano, com 9.973 pessoas podendo transmitir o novo coronavírus.
Na semana passada, o ministro da Saúde do país, Enrique Paris, havia anunciado que o número de casos havia subido em 40%, mas descartou que se tratasse de uma terceira onda de contágio, já que os indicadores ainda estavam abaixo dos de abril e maio deste ano.
Para tentar conter o avanço da covid-19, as autoridades chilenas reduziram a capacidade de público em eventos na Região Metropolitana de Santiago, onde vivem mais de 7 milhões de pessoas.
No boletim apresentado hoje, constam 1.677 novos casos de infecção, o que eleva o total para pouco mais de 1,68 milhão. Além disso, foram mais 16 mortes, fazendo que o número de vítimas desde a pandemia seja de 37.685.
Até o momento, 89,5% da população-alvo da campanha chilena de vacinação foi alcançada, o que representa 15,2 milhões de pessoas.
No Chile, inclusive, já foram aplicadas 5 milhões de doses de reforço. Além disso, 75% dos menores de seis a 17 anos já receberam a primeira dose de imunizantes contra a covid-19. EFE