Washington, 25 out (EFE).- Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira diretrizes para a abertura de suas fronteiras aéreas aos viajantes vacinados contra a covid-19 a partir de 8 de novembro, e confirmaram que abrirão exceções para menores de 18 anos e alguns cidadãos de cerca de 50 países com acesso insuficiente às vacinas.
O governo americano também esclareceu que os viajantes estrangeiros que estão com o esquema vacinal completo e querem viajar para os EUA terão que fazer um teste de detecção de covid-19 até três dias antes da viagem e mostrar o resultado no embarque, juntamente com a comprovação de vacinação.
Os cidadãos americanos e residentes permanentes não vacinados devem apresentar um resultado negativo do teste de covid-19 que deve ter sido administrado um dia antes da viagem, o que significa que terão menos flexibilidade do que aqueles que estão vacinados para fazer o teste.
“Se você estiver totalmente vacinado, terá a capacidade de fazer o teste três dias antes; já para os não vacinados, esse teste negativo deve ter sido feito imediatamente antes (do embarque)”, afirmou a jornalistas um funcionário do governo americano, que pediu anonimato, em uma conferência telefônica.
Os estrangeiros que não são residentes permanentes nos EUA e não estão vacinados não poderão entrar no país, com algumas “exceções muito limitadas”, de acordo com as diretrizes emitidas pela Casa Branca e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país (CDC).
EXCEÇÕES.
Essas isenções incluem jovens menores de 18 anos, que em muitos casos ainda não foram liberados para a vacinação contra a covid-19.
Aqueles entre 2 e 17 anos de idade terão que ser testados três dias antes da viagem – se acompanhados por um adulto vacinado – ou um dia antes – se viajarem sozinhos ou com adultos não vacinados, ressaltou a Casa Branca em comunicado.
Também estarão isentos da exigência de vacinação “alguns participantes de ensaios clínicos de vacinas contra a covid-19 e aqueles que precisam viajar por motivos de emergência ou humanitários”, desde que apresentem “uma carta emitida pelo governo dos EUA” atestando essa necessidade.
Além disso, quem viaja com vistos não turísticos de países “com muito baixa disponibilidade de vacinas” está dispensado da exigência, segundo o comunicado.
A nota diz ainda que existem “cerca de 50 países” onde “a taxa global de vacinação é inferior a 10%”, disse o funcionário do governo americano.
A Casa Branca não forneceu imediatamente tal lista, mas de acordo com dados oficiais do governo compilados pelo site Our World in Data, a maioria desses países está na África, mas também estão entre eles Nicarágua, Haiti, Afeganistão, Síria e Iraque, por exemplo.
Aqueles que chegam desses países e pretendem permanecer nos EUA por mais de 60 dias devem concordar em ser vacinados nos EUA, com “exceções muito limitadas”, ressaltou a Casa Branca.
O CDC ainda não esclareceu as diretrizes para viajantes não essenciais que entram nos EUA por terra a partir das fronteiras com México e Canadá, que também serão reabertas em 8 de novembro, mas espera-se que as isenções sejam “similares”, segundo o funcionário.
As vacinas que serão aceitas para entrada aérea nos EUA são as que foram aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que até agora são as produzidas por Pfizer/BioNTech, Moderna e Janssen (da Johnson & Johnson), duas versões do imunizante da AstraZeneca e as de Sinopharm e Sinovac (CoronaVac).
Os viajantes imunizados com uma combinação dessas vacinas serão autorizados a entrar, disse o CDC neste mês. EFE