OSB realiza concerto do Projeto Amazônia Tour na Sala Cecília Meireles

Diário Carioca

No próximo dia 27 de outubro, a Orquestra Sinfônica Brasileira estará de volta ao palco da Sala Cecília Meireles, com um concerto que integra o Projeto Amazônia Tour. No programa, obras de Augusta HolmèsHeitor Villa-Lobos e Pierre Thilloy. A regência fica a cargo do maestro convidado Miguel Campos Neto.

O Projeto Amazônia Tour é uma realização da Xanadu Association em parceria com Embaixada da França no Brasil e com a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira para o concerto do Rio de Janeiro e tem como objetivo unir música e conscientização ambiental. Para isso, diversas orquestras do país foram convidadas a realizar concertos sinfônicos, com repertório franco-brasileiro, usando a força da música para promover o diálogo sobre a conservação da Amazônia.

Se geograficamente Brasil e França estão separados por quilômetros de distância, no campo da arte os enlaces são íntimos e fecundos. Neste concerto, o diálogo artístico entre os países é o grande destaque. O espetáculo tece uma rede sonora de influências cruzadas entre Brasil e França e propõe uma verdadeira viagem musical. O itinerário também se dá também no tempo: à obra do elogiado compositor contemporâneo francês Pierre Thilloy se justapõem trabalhos de Holmès e Villa-Lobos.

O programa tem início com o inspirado “La nuit et l’amour”, da compositora parisiense Augusta Holmès (1847 – 1903). Discípula de César Franck, Holmès talvez não seja tão conhecida quanto seus contemporâneos, mas suas composições vêm sendo redescobertas e executadas. Uma grande intelectual, ela escreveu várias obras de fôlego, além de mais de 100 canções. Extraído da ode-sinfonia Ludus pro Patria, “La nuit et l’amour” é um interlúdio extasiante e envolvente que combina lirismo e paixão.

A segunda peça do programa é a “Sinfonietta nº 1” de Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959), o nome mais conhecido da música clássica nacional. Nesta obra da juventude, técnicas tradicionais de composição (lembremos que a obra é dedicada a Mozart) e melodias brasileiras se entrelaçam. O resultado é uma composição que aspira – ao mesmo tempo –, ao nacional e ao universal.

De volta à França, a noite se encerra com “Amazônia”, um extraordinário Concerto para tímpanos e orquestra, de Pierre Thilloy, que contará com o timpanista da OSB, Rodrigo Foti, como solista. Escrita em 2019, esta é a segunda obra do vasto catálogo do compositor contemporâneo que tem o Brasil como matriz inspiradora.

O evento será realizado respeitando todos os protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias. O uso de máscaras é obrigatório e a capacidade de público é reduzida. De acordo com o Decreto Municipal nº 49.335, o acesso à Sala Cecília Meireles está condicionado à comprovação de vacinação contra a Covid-19.

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é considerada um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Em abril de 2021, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi registrada como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.


Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste, como patrocinadora master e a Brookfield como patrocinadora, além de um conjunto de copatrocinadores e apoiadores culturais e institucionais.

SOBRE O MAESTRO MIGUEL CAMPOS NETO:

Com diploma em regência pela Mannes School of Music de Nova York, Campos Neto iniciou, em 2021, a sua décima primeira temporada como regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (Belém). Também atua como regente titular da Orquestra Sinfônica Altino Pimenta (Universidade Federal do Pará) e da Orquestra Sinfônica Wilson Fonseca (Santarém), além de ter sido por 12 anos regente titular da orquestra Jovem Vale Música. Campos Neto foi recentemente nomeado “Regente Laureado” da Chelsea Symphony, uma orquestra baseada em Nova York da qual ele foi co-fundador e regente principal pelas cinco primeiras temporadas. Com atuações nos dois festivais de ópera mais importantes do Brasil (Manaus e Belém), ele já acumula um notável repertório operístico, e contabiliza seis lançamentos em DVD de óperas totalmente encenadas e concertos líricos.

Entre seus compromissos mais importantes das temporadas de 2020 e 2021, destacar sua estreia como regente de ópera em palcos internacionais com Cavalleria Rusticana e Pagliacci na “Opera Grand Avignon” (França). Já o ano de 2019 foi marcado por seu retorno ao Curso Internacional de Verão de Brasília como professor de regência e maestro da orquestra sinfônica de encerramento, o retorno à Universidade La Sierra (Califórnia) como professor visitante de prática de orquestra e a estreia como regente de ópera em São Paulo (O Peru de Natal de Leonardo Martinelli-Theatro São Pedro).

Como convidado, Campos Neto já regeu orquestras nacionais e internacionais como: Orquestra National de Avignon (França), Orquestra Sinfônica de Puerto Rico, Orquestra Sinfônica de Mulhouse (França) Savaria Symphony (Hungria), Dana Point Symphony (EUA), Orquestra Ciudad de Alcalá (Espanha) e Os Solistas de Câmara da Universidade de Missouri (EUA), bem como as orquestras de Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Amazonas, do Theatro São Pedro (SP), do Teatro Nacional (Brasília), de Minas Gerais, Heliópolis (SP), Experimental de Repertório (SP), Municipal de Campinas e Sinfônica da UNICAMP

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