Lima, 26 out (EFE).- O presidente do Peru, Pedro Castillo, afirmou nesta terça-feira que seu governo vai respeitar a liberdade de empreendimento, após as críticas recebidas por promover a nacionalização do campo de gás natural de Camisea.
No Twitter, Castillo escreveu que, “como governo do povo, somos e seremos respeitosos com a liberdade de empreendimento”.
“O gasoduto que trará gás para o sul do país é nossa prioridade, assim como sua massificação em benefício de todos os peruanos. Este é nosso compromisso com o povo e vamos cumpri-lo”, acrescentou.
As afirmações foram feitas um dia depois de Castillo declarar, durante uma visita à cidade de Bagua, que uma lei tinha que ser aprovada no Congresso “sobre a estatização ou nacionalização do gás de Camisea”.
No mês passado, o governo de Castillo convidou o consórcio de Camisea a rever os contratos de exploração do campo para aumentar a carga tributária sobre as vendas de gás, o que foi aceito pelas empresas, que estavam dispostas a conversar com o governo.
Com uma concessão válida até 2040, o campo de Camisea é explorado desde 2004 por um consórcio formado por Pluspetrol (27%), a americana Hunt Oil (25,1%), a sul-coreana SK Innovatión (17,6%), a espanhola Repsol (10%), a argentina Tecpetrol (10%) e a argelina Sonatrach (10%).
Em condições normais, Camisea produz de 43 milhões a 48 milhões de metros cúbicos de gás por dia, além de ser responsável pela geração de mais de 40% da energia elétrica consumida no Peru. EFE