Caracas, 27 out (EFE).- O vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, afirmou nesta quarta-feira que “a revolução bolivariana vai fazer tudo o que tiver que fazer para ganhar de forma esmagadora” as eleições regionais e locais de 21 de novembro.
“A única coisa de que tenho certeza é que a revolução bolivariana vai fazer tudo o que tiver de fazer para vencer de forma esmagadora, para ter resultados a favor da revolução bolivariana. Se aceitarem, o que muda? Nada”, disse Cabello durante entrevista coletiva um dia antes do início da campanha eleitoral.
O político lembrou que o PSUV tem 3.082 candidatos para os 3.082 cargos em disputa nestas eleições, e que a base do partido realizou uma “renovação genuína” através das primárias, nas quais “apenas 10% dos que foram prefeitos voltarão a concorrer”.
“Temos 3.082 candidatos principais e há 70.000 candidatos na Venezuela para estas eleições. Quem registra o resto dos candidatos? A oposição venezuelana está fragmentada, dividida, lutando, sem liderança, sem uma orientação geral”, ressaltou o chavista “número dois”.
Cabello explicou que o partido no poder prepara a sua plataforma eleitoral com um mecanismo chamado 1×10, através do qual um apoiador garante o voto de dez outras pessoas.
“Os candidatos têm a tarefa principal de mostrar o seu programa de governo”, razão pela qual o partido exigiu que o apresentassem em atos públicos nos próximos três dias, após o início da campanha eleitoral.
“Para ganhar, sim, mas também nos propusemos a convencer”, disse Cabello, que acrescentou que “a partir destas eleições haverá uma comissão para acompanhar” os esforços dos candidatos vencedores.
Por outro lado, comentou que o partido já tem “99,7% de todas as testemunhas eleitorais” para o dia das eleições, garantindo pelo menos duas por mesa de voto em todo o país.
Segundo o líder chavista, “em 22 de novembro a Venezuela deve amanhecer em paz”, com os resultados anunciados pelo Poder Eleitoral, e reiterou o pedido à oposição venezuelana para aceitar a contagem oficial dos votos. EFE