Time feminino do Flamengo passa por grande reestruturação buscando abraçar de vez a modalidade

Diário Carioca

O time feminino do Flamengo perdeu muitas atletas de 2020 para cá, mas desde março de 2021 está correndo atrás do prejuízo. Com um orçamento readequado em quase R$ 1 bilhão, novos patrocinadores e um elenco renovado, o próximo objetivo da categoria é ganhar o apoio da diretoria do clube para finalmente sair do futebol de base e entrar no profissional.

Outubro foi um mês agitado para o Flamengo feminino nas redes sociais, graças à campanha #FlaAssumeAsMinas, movimentada por torcedores e pessoas envolvidas no cenário do futebol feminino brasileiro. O objetivo é chamar a atenção da diretoria do rubro-negro e fazer com que eles assumam totalmente o comando do time, que atualmente é dividido com a Marinha e não recebe tanta atenção quanto o time masculino.

A categoria feminina do Flamengo foi criada em 2015, depois que a Conmebol tornou obrigatório que times que disputam a Libertadores também tivessem uma modalidade para as mulheres. Já naquela época foi firmada a parceria com a Marinha, que basicamente assumiu tudo relacionado à equipe feminina. De 2015 para cá, não houve investimento por parte do clube e muitas jogadoras acabaram saindo pelo descaso.

O Flamengo fornecia apenas a comissão técnica, composta por oito pessoas. Todo o restante, como o Centro de Treinamento, o departamento médico e os funcionários da equipe eram fornecidos pela Marinha, então as atletas nem sequer chegaram a treinar na sede ou no Ninho do Urubu. De acordo com André Rocha, atual coordenador do futebol feminino do rubro-negro, outras categorias do futebol masculino também utilizam a base da Marinha para treinar, então não é um caso específico do time feminino.

Rocha foi contratado há pouco tempo e é um dos protagonistas dessa grande reestruturação do time. Após montar um novo elenco e comissão técnica, em setembro foi firmada uma parceria com o banco BRB, já trazendo um cenário otimista para a modalidade. Os patrocínios com fornecedores de uniformes e equipamentos também se fazem necessários, como é o caso do time feminino do Corinthians, que conta com Jordan feminino, graças ao seu patrocínio com a Nike.

Agora sob essa nova gestão, o Flamengo planeja uma interrupção gradual da parceria com a Marinha a partir de 2022, assumindo total controle da equipe feminina aos poucos. Ainda assim, boa parte da diretoria continua negligenciando o tema, então essa integração pode levar mais tempo que o esperado.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca