Reino Unido obrigará setor privado a elaborar planos de descarbonização

Diário Carioca

Glasgow (Reino Unido), 3 nov (EFE).- O ministro da Economia do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou nesta quarta-feira na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) que o governo do país obrigará companhias cotadas na Bolsa de Valores e instituições financeiras a desenvolver planos de descarbonização.

“Avançamos para tornar obrigatório que as empresas publiquem um projeto claro de como irão se descarbonizar e transitar em direção à zero emissões líquidas, com um grupo de trabalho independente para definir o que é requerido”, explicou o integrante do Executivo britânico, durante a reunião de cúpula que acontece em Glasgow.

Segundo Sunak, esses compromissos ajudarão o Reino Unido a criar uma quantidade de dinheiro que poderia financiar nossa transição para zero emissões líquidas, incluindo acabar com o carbono, a mudança para automóveis elétricos e a plantação de mais árvores.

“Haverá novos requisitos para que as instituições financeiras e as empresas cotadas publiquem planos de transição à zero emissões líquidas que detalhes como se adaptarão e descarbonizarão a medida que o Reino Unido avança para uma economia de neutralidade climática para 2050”, indicou nota emitida pelo governo britânico.

O grupo de trabalho independente que será formado para avaliar os projetos apresentados, segundo o Executivo local, elaborará um “padrão de ouro”, baseado “na ciência para planos de transição, composto por lideranças acadêmicas e da indústria, órgãos reguladores e grupos da sociedade civil”.

O anúncio de Sunak, contudo, não convenceu a diretora de política do Greenpeace Reino Unido, Rebecca Newson, que classificou as iniciativas do governo como um “slogan de marketing”.

“Essas novas regras parecem permitir uma ampla margem de manobra para que as instituições financeiras continuem como sempre”, informou a organização, por meio de comunicado.

Mais cedo, o atual responsável pelas finanças climáticas da ONU, Mark Carney, revelou ter sido firmado um acordo na COP26 em que principais instituições financeiras do mundo se comprometeram a investir US$ 130 trilhões (R$ 736,9 trilhões) na transição para uma economia livre de carbono para 2050. EFE

jaf/bg

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