Buenos Aires, 3 nov (EFE).- As exportações da Argentina para o Brasil em outubro totalizaram US$ 1,218 bilhão, o nível mais alto de remessas para o principal parceiro comercial desde setembro de 2014, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira pela empresa de consultoria Abeceb.
Além disso, as exportações argentinas para o Brasil tiveram um aumento interanual de 50,7% em outubro, o que representa a décima alta mensal consecutiva.
As remessas foram impulsionadas pelas vendas de veículos, trigo e milho.
Nos primeiros dez meses do ano, as exportações para o Brasil acumularam um aumento de 45,4%, totalizando US$ 9,36 bilhões.
Por outro lado, a Argentina importou do Brasil em outubro o correspondente a US$ 1,126 bilhões, o valor mais alto desde agosto de 2018, com um aumento de 37,6% em relação ao ano anterior. Este foi o oitavo mês consecutivo de crescimento.
Este aumento foi impulsionado principalmente pelas compras de ferro e aço laminados brasileiros e, em menor escala, pelas de peças e autopeças.
Nos primeiros dez meses do ano, a Argentina importou do Brasil US$ 9,869 bilhões em mercadorias, um aumento de 46,3% em relação ao ano anterior.
Como resultado desta dinâmica, a Argentina registrou um superávit na balança comercial de US$ 92 milhões com o Brasil em outubro, alcançando assim um saldo positivo pelo segundo mês consecutivo e melhorando o déficit de US$ 9 milhões registrado em outubro de 2020.
Entretanto, entre janeiro e outubro, o déficit comercial acumulado da Argentina com o Brasil foi de US$ 510 milhões.
Segundo a Abeceb, o resultado positivo alcançado pela Argentina em outubro “é influenciado pelas restrições impostas” por este país às importações de automóveis e “pelas dificuldades enfrentadas pelo Brasil no fornecimento de chips semicondutores que afetam suas exportações” de automóveis.
Por outro lado, de acordo com o relatório, “como resultado da pior seca no Brasil em 90 anos, que afetou sua geração hidrelétrica”, as exportações argentinas de eletricidade para o Brasil dispararam, e a preços elevados, totalizando US$ 670 milhões até agora neste ano. EFE