Porto Príncipe, 5 nov (EFE).- As autoridades do Haiti mantêm nesta sexta-feira o silêncio sobre o sequestro, nos arredores de Porto Príncipe, de um grupo de missionários e suas famílias – 16 americanos e um canadense -, 20 dias depois do ocorrido.
Até o momento não há informações oficiais sobre a situação do grupo, que está nas mãos da gangue 400 Mawozo, uma das mais perigosas do Haiti, que controla o distrito de Croix-des-Bouquets, onde as vítimas, incluindo cinco crianças, foram capturadas no dia 16 de outubro.
A Casa Branca também não se pronunciou sobre o caso nos últimos dias, após ter deixado claro que não negociaria com os criminosos, que exigem um resgate de US$ 17 milhões, US$ 1 milhão por cada um dos sequestrados, todos pertencentes ao grupo religioso Christian Aid Ministries.
O envolvimento dos Estados Unidos na resolução do sequestro só foi confirmado pelo fato de membros do FBI estarem envolvidos na investigação.
Na semana passada, Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, disse que Washington está avaliando “todas as opções possíveis” para garantir a libertação dos missionários, sem fornecer mais detalhes.
A sede do Christian Aid Ministries no Haiti, localizada na cidade de Titanyen, não tem qualquer informação sobre seus missionários desde que foram levados pelos criminosos após uma visita ao orfanato nos arredores de Porto Príncipe.
Os sequestros tornaram-se comuns no Haiti desde o início de 2020, ocorrendo indiscriminadamente e afetando pessoas de qualquer natureza social, pois se tornaram fonte de financiamento para grupos armados que controlam vários bairros de Porto Príncipe e outras áreas do país. EFE