Glasgow (Reino Unido), 10 nov (EFE).- O primeiro rascunho divulgado nesta terça-feira pela presidência da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), cobra os países ricos a elevar a ajuda para adaptação das nações desenvolvidas.
O texto “reafirma” o objetivo global ao longo prazo de manter o aumento da temperatura média do planeta abaixo dos 2ºC, na comparação com níveis pré-industriais e de esforço para limitá-lo a 1,5ºC, embora reconheça que neste segundo cenário, o impacto seria “muito menor”.
Ao mesmo tempo, a COP26 “lamenta registrar que, no entanto, não foi cumprido o objetivo dos países desenvolvidos de mobilizar US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020” e reforça a necessidade de que haja “um apoio significativamente maior”, para além desse montante, para viabilizar o financiamento climático.
No documento, elaborado pelo presidente da COP26, o britânico Alok Sharma e que deverá ser debatido até sexta-feira pelos representantes de governos, há destaque para as crescentes necessidades de adaptação para os países que já sofrem com os efeitos do aquecimento global.
O rascunho “reconhece que as necessidades seguirão aumentando”, diante da gravidade do impacto das temperaturas crescentes, por isso, “enfatiza a urgência de incrementar a ação e o apoio, para aumentar a capacidade adaptativa, reforçar a resistência e reduzir a vulnerabilidade” dos países em desenvolvimento.
O texto expressa “preocupação” que os fundos para esta adaptação sejam insuficientes, por isso, cobra que os países ricos os aumentem “urgentemente”.
Sobre as medidas para combater a mudança climática, a presidência da COP26, “convida” as nações a considerar novas oportunidades para reduzir emissões, embora cobre que acelerem medidas para “o fim do carbono e dos subsídios para os combustíveis fósseis”. EFE