Glasgow (Reino Unido), 10 nov (EFE).- A Espanha aderiu nesta quarta-feira, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), a um compromisso assinado por 30 países para encerrar o financiamento público do carvão, do petróleo e do gás no exterior até o final de 2022.
Após uma onda de compromissos focados no fim do financiamento internacional do carvão, este acordo aumentará os potenciais recursos públicos transferidos dos combustíveis fósseis – petróleo, gás e carvão – à energia limpa para, pelo menos, US$ 23,6 bilhões.
Este é o primeiro compromisso a abordar o petróleo e o gás além do carvão, e implica que as instituições financeiras públicas espanholas terão de dar fim a este financiamento até o final de 2022.
Estas instituições financeiras incluem a Agência de Crédito à Exportação (Cesce), que é responsável por US$ 1,9 bilhão anualmente em financiamento público de combustíveis fósseis.
Laurie van der Burg, codirectora da campanha global de finanças públicas da Oil Change International, afirmou em comunicado que “a ciência é clara que a expansão das infraestruturas de combustíveis fósseis é incompatível com a limitação do aquecimento global a 1,5 grau Celsius”.
O anúncio desta quarta-feira torna a França “a única das cinco maiores economias da União Europeia que ainda não assinou a declaração”, disse van der Burg.
Se a França aderir, o potencial montante das finanças públicas anuais que passariam diretamente de energia suja para energia limpa aumentaria para US$ 24 bilhões. EFE