Porto Príncipe, 11 nov (EFE).- O Departamento de Estado dos Estados Unidos orientou nesta quinta-feira os cidadãos americanos a deixarem o Haiti enquanto haja voos comerciais disponíveis, devido a crise que o país caribenho atravessa.
“O Departamento de Estado recomenda os cidadãos americanos a fazerem planos para deixar o Haiti, agora, por meios comerciais”, indica mensagem divulgada pela embaixada dos EUA em Porto Príncipe.
A missão diplomática aconselha os cidadãos a “considerar cuidadosamente os riscos” de viajar para o país centro-americano ou permanecer no país, devido a situação atual de segurança e “aos desafios de infraestrutura”.
A embaixada advertiu que é “pouco provável” que possa ajudar a os cidadãos a deixar o Haiti, caso os voos comerciais deixem de estar disponíveis.
No comunicado, a representação explica que, além dos problemas de segurança, a escassez generalizada de combustível pode limitar os serviços essenciais em uma emergência, incluindo o acesso a bancos, transferências de dinheiro, atendimento médico de urgência, internet, telecomunicações e opções de transporte.
O Haiti atravessa uma das ondas de violência mais graves dos últimos 15 anos, que se agravou com o assassinato do presidente, Jovenel Moise, em 7 de julho deste ano.
Grupos criminosos controlam vários pontos de Porto Príncipe e, com bloqueios a rodovias e ataques a caminhoneiros, provocam, inclusive, desabastecimento de combustível.
A mensagem de hoje foi emitida após a conclusão da visita ao país do subsecretário de Estado para Luta contra o Narcotráfico dos EUA, Todd D. Robinson, que se reuniu na última terça-feira com o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry.
O representante do governo americano anunciou a doação de 60 veículos e de 200 equipamentos de proteção para a Polícia Nacional do Haiti, no entanto, alertou que Washington não irá “ao resgate” do país centro-americano.
“No fim das contas, não será a comunidade internacional que virá ao resgate do Haiti. Serão os haitianos, as autoridades haitianas, a polícia haitiana, responsáveis pela segurança do país”, afirmou Robinson. EFE
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