Caracas, 12 nov (EFE).- Mais de 250 venezuelanos voltaram do Peru através do programa governamental de repatriação conhecido como Plano Volta à Pátria, informou nesta sexta-feira o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, ao detalhar que 27.197 cidadãos retornaram de diversos países com este projeto.
“O avião Airbus 340-200 da Conviasa decolou na quinta-feira do Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, com os homens e mulheres venezuelanos que voluntariamente decidiram retornar ao país e se reunir com as suas famílias”, disse o ministério das Relações Exteriores em comunicado.
Entre os que voltaram estão três crianças que ficaram órfãs após a morte da mãe, vítima de “feminocídio no Peru”.
A cônsul venezuelana em Lima, Vivian Alvarado, disse – no mesmo texto – que este é o décimo voo do Peru como parte do plano governamental que começou no final de 2018 com o objetivo de facilitar o retorno dos migrantes que sofrem xenofobia nos países em que são recebidos.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, do total de 27.197 venezuelanos que se beneficiaram deste plano, 6.840 foram repatriados do Peru.
“Hoje vemos com satisfação o retorno à Venezuela destes 251 venezuelanos. Hoje estão voltando às suas casas, com grande entusiasmo, com alegria, através do Volta à Pátria, um programa humanista com um alcance extraordinário”, disse a cônsul.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou há meses o reforço do programa de repatriamento até o final de novembro e dezembro. Na quarta-feira, reiterou a sua promessa de “aumentar” os voos do programa.
Maduro disse que pediu ajuda ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e à Organização Internacional para as Migrações (OIM) para aumentar o número de voos, mas que a solicitação foi rejeitada.
“Gostaria de ter mais aviões. Pedi ajuda ao ACNUR, pedi ajuda à Organização Mundial para as Migrações, e eles se recusaram a ajudar a Venezuela”, argumentou.
De acordo com a Plataforma de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), mais de 5,9 milhões de refugiados e migrantes deixaram a Venezuela, e 82% deles vivem em países da América Latina e do Caribe. EFE