O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), está com inscrições abertas para dois editais voltados para o setor cultural, que juntos vão distribuir aos vencedores mais de R$ 720 mil. Os detalhes estão no site da FUNARJ.
O edital de Circulação Teatral premiará 10 projetos de teatro não inéditos com o valor R$ 60 mil para cada um dos 6 projetos destinados ao público adulto. E, R$ 40 mil para cada um dos 4 projetos destinados ao público infantil. O valor total de investimento é de R$ 520 mil.
Poderão inscrever suas propostas produtoras culturais, grupos, ou companhias, pessoas jurídicas, inclusive MEI, sediadas no estado do Rio de Janeiro ou que desenvolvam ações e/ou projetos culturais nos territórios fluminenses, para apresentações nos equipamentos culturais desta Fundação, são eles: Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande, Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, e Teatro Mário Lago, em Vila Kennedy; como objetivo de desenvolver a economia criativa, estimular a formação de plateia e democratizar a cultura fluminense. O prazo para se inscrever termina no dia 3 de abril.
Em sua segunda edição, o edital Ondas da Cultura premia trabalhos inéditos dos segmentos de artes cênicas, música e dança, apresentados no canal do YouTube da FUNARJ. Serão premiados 80 projetos, sendo 20 iniciativas em cada uma das quatro categorias, totalizando R$ 200 mil.
As inscrições terminam no dia 31 de março e podem ser realizadas por pessoas jurídicas, incluindo MEI, ou pessoas físicas sediadas ou domiciliadas no estado do Rio de Janeiro. A premiação será da seguinte forma: R$ 3 mil para artes cênicas; R$ 3 mil para música; R$ 1 mil para solo musical; e R$ 3 mil para dança ou oficina de dança.
FUNARJ investirá R$ 44 milhões em 2022
As iniciativas da FUNARJ para 2022 não se limitam aos editais abertos. Este ano, a Fundação encerrou no dia 13 de fevereiro as inscrições para Prêmio FUNARJ de Produção de Curta-Metragem 2022. Serão contemplados R$ 25 mil para cada um dos 12 curtas; um total de R$ 300 mil. Já o Prêmio FUNARJ de Música Ao Vivo, que teve suas inscrições encerradas no dia 4 de fevereiro, premiará um total de R$ 200 mil, com 40 projetos ganhando R$ 5 mil cada. Estão previstos para os próximos meses: Prêmio FUNARJ de Clipes Musicais, Projeto Fim de Tarde, o espetáculo A Paixão de Cristo (na Lapa), o Auto de Natal, entre outros.
Para este ano serão investidos quase R$ 44 milhões em estímulo à Cultura, entre projetos culturais, editais de fomento e obras. A medida foi anunciada por José Roberto Gifford, presidente da FUNARJ, e tem como objetivo acelerar o desenvolvimento da economia criativa e gerar oportunidades de trabalho na busca de minimizar os impactos da pandemia entre os fazedores de cultura.
José Roberto detalhou o orçamento para 2022. Serão mais de R$ 19 milhões destinados ao estímulo de produção de projetos culturais. Sendo que deste valor, mais de R$ 7 milhões são só em editais até março. O orçamento aprovado para as obras é de mais de R$ 24 milhões, que será para novos restauros, modernizações e também conclusões de reformas iniciadas no ano passado nos espaços da FUNARJ.
“A atividade cultural é fundamental para o estado do Rio de Janeiro e deve ser reconhecida como tal. A gente trabalha na parte de fomento criando oportunidades. Além disso, é importante que possamos, de alguma maneira, multiplicar as ações de forma a melhorar a economia da cadeia criativa e criar emprego”, pontua Gifford.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a FUNARJ atuou para que as pessoas pudessem ter oportunidade de trabalho. O presidente da Fundação destaca que não é só o artista que parou de trabalhar. Iluminadores, técnicos de som e tantos outros ficaram sem o seu ofício e muitos deles mudaram de profissão.
“Criamos a plataforma digital de streaming FUNARJ EM CASA (funarjemcasa.yazo.com.br), vencedora de prêmio e que é única no país. Nela, as pessoas podem comprar os ingressos dos espetáculos que estão lá, gravadas nos espaços da FUNARJ, e assim criar oportunidade e receita para esses produtores. Nós reduzimos as taxas de 15% para 5%. O produtor fica com 95% e baixamos ao mínimo a nossa margem. Além disso, lançamos uma série de editais, que serviram para criar oportunidade de trabalho”, destaca José Roberto