Levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) mostra que o medo dos consumidores de perderem o emprego continua caindo. Em fevereiro, 38,3% dos 308 entrevistados entre os dias 15 e 18 não tiveram medo de perder o emprego nos últimos três meses, quando em janeiro esse número era de 39,8%.
Os que têm muito medo de perder o emprego também diminuíram em relação a janeiro. No segundo mês do ano, 39% dos consumidores disseram que não temem o desemprego, contra 42,8% de janeiro. 22,7% tiveram pouco medo de perder o emprego.
Na pesquisa, que tem o objetivo de entender quais as expectativas da população fluminense com relação a retomada econômica do estado e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, o número de consumidores com muito medo ou com pouco medo de perder o emprego nos próximos três meses foi de 60,1%, enquanto 39,9% disseram não estar com medo.
Retomada econômica
Em relação à retomada econômica brasileira, 40,9% disseram estar muito pessimistas ou pessimistas. 38,6% estão confiantes ou muito confiantes na retomada, um aumento em relação a janeiro que teve um índice de 30,1%. De acordo com a sondagem do IFec RJ, 20,5% não acreditam em alteração.
Sobre a retomada econômica do estado do Rio de Janeiro, a pesquisa mostra que o índice dos pessimistas ou muito pessimistas caiu de 50,3% em janeiro para 43,8% em fevereiro. Estão confiantes na retomada, 27,6%. Os muito confiantes são 7,8%, enquanto 20,8% não esperam que o quadro irá se alterar.
Renda familiar
O número de consumidores que afirmaram ter sofrido redução ou muita redução da renda familiar atingiu 52,6%. Já 34,1% disseram que a situação continuou a mesma. Apenas 13,3% dos entrevistados disseram que a renda familiar aumentou ou aumentou muito nos últimos três meses.
Para os próximos três meses, a maioria (39,6%) não espera mudanças, enquanto 30,5% dos consumidores acham que a renda familiar vai reduzir ou reduzir muito. 29,9% acreditam que vai aumentar ou aumentar muito.
Endividamento e inadimplência
O percentual de não endividados teve uma leve queda em relação a janeiro. Enquanto no primeiro mês do ano, eram 34,2% dos consumidores, agora em fevereiro, o número de pessoas sem dívidas caiu para 32,8%. O total de fluminenses que se declararam endividados ou muito endividados em fevereiro aumentou frente a janeiro, de 42,1% para 44,8%. Os pouco endividados somam 22,4% na nova amostragem do IFec RJ.
Os que não ficaram inadimplentes, apesar da queda em relação ao mês passado, se mantém alta. Em fevereiro, 53,2% estiveram adimplentes. Em janeiro, 55,5% dos entrevistados disseram não ter ficado inadimplentes. Muito inadimplentes ou inadimplentes somaram 28,2% dos entrevistados, enquanto os pouco inadimplentes foram 18,5%, segundo a pesquisa.
O cartão de crédito continua sendo o vilão dos que se declararam inadimplentes (66,2%). A inadimplência com as contas de luz, gás, telefone, água e internet ficou em 41,5% e com crédito pessoal, 33,1%. Já o cheque especial atingiu 32,4% dos entrevistados. O IPVA foi o quinto maior índice de inadimplência, chegando a 28,9%.
Consumo de bens duráveis
Perguntados sobre os gastos com bens duráveis nos próximos três meses, 29,8% dos consumidores disseram que devem aumentar esse tipo de consumo, um aumento de um ponto percentual em relação a janeiro (28,8%). Outros 39,5% afirmaram que irão diminuir os gastos com bens duráveis, enquanto 30,8% irão se manter