O Departamento Cultural do Abrigo do Marinheiro (DCAMN) e a Marinha do Brasil anunciam que o escritório carioca Danowski Design conquistou o primeiro lugar no Concurso de Identidade Visual do Museu Marítimo do Brasil, previsto para inaugurar entre 2025 e 2026. As profissionais Sula Danowski e Nathalia Lepsch foram responsáveis pela criação da marca e manual, enquanto Ilana Paterman produziu o storytelling.
Os concorrentes tiveram a oportunidade de criar um projeto que dialogasse com a missão da instituição, cujo objetivo é engajar o público na valorização e na popularização da consciência marítima, que representa vozes e sujeitos sociais da história e da memória dos mares e rios no Brasil.
De acordo com o escritório Danowski Design, a logomarca tem como premissa central conectar Arte, Ciência e História, utilizando como fio condutor os mares e rios brasileiros. Por tal motivo, a letra “M” — presente nas iniciais de “Museu” e “Marítimo” — se destaca como ponto de partida para representar o movimento ondulatório e sinuoso das massas de água e do ecossistema. Clique neste link e conheça mais detalhes sobre o projeto.
A Comissão de Seleção — responsável pela avaliação das propostas — foi composta pelas designers e professoras Evelyn Grumach, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e Isabella Perrota, da Escola Superior de Propaganda e Marketing – Campus RJ (ESPM-Rio); o curador do futuro museu, Evandro Salles; a Capitão de Corveta do Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM) Marli de Medeiros, designer do Quadro Técnico da Marinha do Brasil; e o Gerente do Departamento Cultural do Abrigo do Marinheiro, Francisco Dantas. Os jurados fizeram a seleção tendo como critérios: originalidade, criatividade, aplicabilidade, versatilidade e adequação às diretrizes conceituais, sendo este último decisivo em caso de desempate.
Além de passar a fazer parte da história do Museu Marítimo do Brasil, o vencedor do concurso recebe um prêmio para contribuir no desenvolvimento e no detalhamento do projeto de identidade visual.
Veja abaixo as imagens do projeto vencedor
PROJETO MUSEU MARÍTIMO DO BRASIL
O Concurso de Identidade Visual faz parte da Fase 1 do Projeto “Museu Marítimo do Brasil”, atualmente em execução, por meio de recursos captados via Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). Além dele, a Fase 1 compreende o concurso público para a escolha do estudo preliminar de arquitetura, o Seminário Internacional “Museus Marítimos: Rotas Contemporâneas” e o Ciclo de Palestras “Museu Marítimo do Brasil: um novo cenário cultural” (todas etapas já realizadas); e, ainda, a elaboração de um estudo de viabilidade econômico-financeira.
O Museu Marítimo do Brasil será erguido no Espaço Cultural da Marinha e fará parte do patrimônio histórico, natural e urbano do Centro da Cidade, onde estão a Ilha Fiscal, a Igreja da Candelária, a Casa França-Brasil, o Centro Cultural Banco do Brasil, o Paço Imperial, o Museu Naval, o Museu Histórico Nacional, o Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã, entre outras instituições culturais.
DIRETORIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E DOCUMENTAÇÃO DA MARINHA
Com sede no Rio de Janeiro, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) é responsável por promover estudos e pesquisas, consolidar e publicar documentação sobre assuntos relativos à cultura marítima, além de propor normas relativas às atividades histórico-culturais da Marinha do Brasil, entre outros atributos.
Estão sob sua administração o Museu Naval, o Arquivo da Marinha, a Biblioteca da Marinha e o Espaço Cultural da Marinha, onde o público pode visitar o Navio-Museu Bauru, o Submarino-Museu Riachuelo, a Nau dos Descobrimentos, o Helicóptero-Museu Sea King, o Avião Caça AF-1 Skyhawk e o Carro de Combate Cascavel.
Além disso, o Espaço é o porto de partida para que o público possa embarcar no histórico Rebocador-Museu Laurindo Pitta, que participou da Primeira Guerra Mundial, para fazer um Passeio Marítimo pela Baía de Guanabara, e, ainda, para zarpar rumo à Ilha Fiscal, palco do último baile do Império, para uma visita mediada, conhecendo suas exposições “Amazônia Azul” e “Ilha Fiscal, um neogótico em terras tropicais”.
ESPAÇO CULTURAL DA MARINHA
Construído em 1995, no píer da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro — que adquirira aquela área das antigas Docas da Alfândega — e inaugurado em 20 de janeiro de 1996, o prédio do Espaço Cultural da Marinha, assim como as demais atrações de seu entorno, está localizado no coração do Boulevard Olímpico, no Centro do Rio de Janeiro.
Devido à demolição do Elevado da Perimetral, a área foi fechada ao público em fevereiro de 2014, voltando a operar mais de dois anos depois, em 2016, por ocasião das Olimpíadas, com os passeios à Ilha Fiscal e pela Baía de Guanabara, e as visitas aos navios-museus, recebendo 97 mil visitantes no período. Desde então, ano a ano, o Espaço Cultural da Marinha tem atraído cada vez mais público. Em 2019, antes da pandemia, recebeu mais de 200 mil visitantes.
Confira as imagens do projeto arquitetônico abaixo