Cláudio Castro dá início à Rio2030: É hora de agir!

Diário Carioca

Três décadas após a histórica realização da Rio-92, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, deu início à mobilização para a Rio2030, nesta terça-feira, dia 22. É a maior iniciativa de implementação da Agenda 2030 do país, um convite à sociedade para a ação e união de esforços em torno dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Os próximos oito anos começam agora.

No Ano Internacional do Desenvolvimento Sustentável no Estado do Rio de Janeiro, a Rio2030 busca estabelecer uma plataforma global para estímulo ao tema, assim como fortalecer políticas públicas com foco em sustentabilidade. O evento internacional colocará o Rio de Janeiro como um polo de mobilização pelo desenvolvimento sustentável junto à sociedade brasileira e à comunidade internacional, com foco na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

– A partir da reflexão sobre o que avançou durante essas três décadas, o Governo do Estado convoca diversos segmentos globais para novamente pensar no desenvolvimento sustentável. Com a Rio2030, o Rio de Janeiro se coloca como um dos porta-vozes da Agenda 2030 da ONU. Elaboramos uma programação plural, onde as discussões sobre o tema vão nos ajudar a fortalecer as políticas públicas em âmbito estadual – afirmou o governador Cláudio Castro.

A abertura da Rio2030 ocorreu no Santuário Cristo Redentor, no alto do Morro do Corcovado, na Zona Sul do Rio, quando uma projeção temática da Água e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foi feita sobre o monumento, ao som da Orquestra Maré do Amanhã. Na ocasião, quando também foi lembrado o Dia Mundial da Água, foi formalizada uma parceria com a ONU-Habitat, com o objetivo de apoiar os municípios fluminenses a tornarem-se mais resilientes, seguros, verdes e sustentáveis.

– A assinatura da parceria entre ONU-Habitat e Rio de Janeiro acontece em um momento em que o planejamento urbano voltado para o desenvolvimento sustentável se mostra, mais do que nunca, essencial para o bem-estar das cidades. Estamos prontos para desenvolver projetos que vão auxiliar os municípios fluminenses a fazer um diagnóstico de suas características urbanas e transformá-las em políticas públicas melhores, que vão impactar diretamente no bem-estar dos cidadãos e cidadãs – comentou Rayne Ferretti Moraes, oficial nacional do ONU-Habitat para o Brasil.

Outro acordo celebrado no evento foi a assinatura de um protocolo de intenções entre a Secretaria do Ambiente e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para participação do Estado no programa Floresta Viva. Liderada pelo BNDES, a iniciativa concede apoio financeiro a projetos de restauração florestal com espécies nativas e com sistemas agroflorestais nos vários biomas do território brasileiro. A iniciativa vai garantir o fortalecimento e expansão do programa Florestas do Amanhã, já em execução pela Secretaria.

Além disso, a Cedae também vai integrar os esforços com o Replantando Vida, programa que contrata apenados para trabalhos gerais e na área ambiental, como produção de mudas e recuperação da Mata Atlântica. Com o acordo, os investimentos de R$ 70 milhões em cinco anos serão dobrados para ampliar a mão de obra, obter mais insumos, aumentar o número de viveiros e expandir a infraestrutura de transporte das plantas, por exemplo.

Dentre as mais de 30 iniciativas inscritas no chamamento público da Rio2030, está a Rio Global Conference, a ser realizada em julho no Museu do Amanhã. Estão previstas dezenas de sessões on-line, além de diversas em modo presencial. Os encontros vão reunir autoridades, chefes de estado, representantes diplomáticos e personalidades ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.

A Rio2030 será uma plataforma que vai mobilizar e engajar os atores sociais — governo, setor privado, academia e sociedade civil — na elaboração e implementação de soluções referentes aos desafios da Agenda 2030 para cidades e estados de todo o mundo. Por meio do diálogo com a sociedade civil e comunidade científica, o Estado vai elaborar estratégias e políticas públicas para combater os efeitos das mudanças climáticas e neutralizar a emissão de gases de efeito estufa.

– O evento é um grande convite à toda sociedade para se unir em prol da implementação da agenda mundial da sustentabilidade. O governador Cláudio Castro e eu estamos muito animados com a iniciativa. A Rio2030 dará visibilidade a quem faz a diferença, estimulando a cultura da sustentabilidade na sociedade e a constituição de uma economia mais verde e resiliente no estado –  destacou o secretário do Ambiente, Thiago Pampolha.

Durante todo o ano de 2022, diversas intervenções artísticas com o tema da sustentabilidade, ativações e eventos dos mais diversos portes ocuparão as ruas cariocas. O calendário da Rio2030 é orgânico e será constantemente alterado de acordo com as adesões. Por meio de chamamento público disponível em www.rio2030.org, entidades interessadas podem aderir ao Calendário Rio2030 com iniciativas relacionadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

Dentre os temas principais dos grupos de trabalho estão as mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade, o saneamento básico, a emergência hídrica, a equidade social e a diversidade. O palco da Rio2030 será a Baía de Guanabara, cuja despoluição está entre as principais ações da agenda sustentável, recuperando um dos mais belos patrimônios naturais do estado. O objetivo é ressignificar a relação dos municípios e da população do seu entorno por meio da universalização do fornecimento de água e esgoto para cerca de 10 milhões de pessoas nos próximos 12 anos.

Os preparativos se iniciaram em janeiro de 2021 com a criação do grupo de trabalho para formulação da proposta para o evento de 30 anos da Rio-92. Em agosto do mesmo ano, foi criada a Autoridade do Desenvolvimento Sustentável, responsável pela coordenação do Calendário Rio2030. Ao longo desse período, foram ouvidos especialistas, atores da sociedade civil e da academia em reuniões, eventos e oficinas. A partir desses grupos multidisciplinares, foram estabelecidas as bases para construir os alicerces do maior projeto de sustentabilidade dos últimos tempos no Brasil

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