A China expressou repúdio ao projeto de lei aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos e que propõe um investimento multimilionário para promover a pesquisa e a produção de tecnologia de ponta para neutralizar a influência chinesa.
O legislativo estadunidense aprovou o America Competes, um projeto de lei que prevê investimentos de até US$ 52 bilhões, cerca de R$ 245 bilhões, em investimentos no setor de semicondutores e cita como objetivo manter a "liderança global" dos EUA frente ao crescimento chinês.
"A China vem reiterando, em diferentes ocasiões, sua oposição a projetos de lei dos EUA relacionados à China que ignoram os fatos, exageram sobre a chamada 'ameaça da China' e defendem a competição estratégica contra o país. A forma como os Estados Unidos escolhem se desenvolver é assunto interno deles. Mas, sendo a maior economia do mundo, o país deveria manter a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais, incluindo a da indústria de semicondutores, em vez de transformar a China em um problema e vê-la como um inimigo imaginário", afirmou Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Embora os Estados Unidos afirmem que a lei visa apoiar a indústria nacional de semicondutores e fortalecer a competitividade com a China, o gigante asiático denuncia que esta é mais uma prova da mentalidade de guerra fria da Casa Branca.
Autoridades e analistas chineses afirmam que o principal objetivo de Washington é impedir o progresso da China e tentar recuperar a posição de liderança que perdeu para Pequim no desenvolvimento de tecnologias-chave como o 5G, a inteligência artificial e a computação quântica, que serão vitais para moldar a geopolítica mundial no futuro.
Edição: Arturo Hartmann
Pequim repudia projeto de lei dos EUA que percebe o país asiático como “inimigo imaginário”
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca